quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

MÃE DE VERDADE!!!

Fazendo a limpeza de final de ano na casa encontrei uma linda historinha que eu adoro, chamada 'Mãe de Verdade', publicada no jornal 'O Imortal', em Itambé/Pr. Só não tenho a data da publicação!

Mãe de Verdade

O pequeno Índio andava pela mata, triste e desanimado. Sua mãe morreu no mesmo dia em que ele nasceu. Foi criado por uma mulher boa e generosa que se prontificou a tomar conta do recém-nascido. Mas, o que seria uma "mãe"? Ele tinha vontade de saber...
Resolveu, então, sair e perguntar a todos que encontrasse.
Alguém por certo lhe descreveria uma "mãe"!
Saiu pela floresta num lindo dia de sol, encontrou uma coelha escondida entre as folhas de um pequeno arbusto e lhe fez a pergunta. Nesse instante surgiu um filhotinho, assustado com alguma coisa, e a mãe coelha respondeu enquanto acariciava o filho:

- Ah! Mãe é aquela que protege dos perigos!

O indiozinho andou mais um pouco e encontrou uma coruja no galho de uma árvore e lhe fez a pergunta. Fitando os filhotinhos com seus enormes olhos arregalados cheios de ternura, ela respondeu:

- É aquela que ama os lindos filhotinhos que Deus lhe deu.

O indiozinho não entendeu, pois os filhotinhos da coruja eram muito feios, mas afastou-se e encontrou uma passarinha que trazia, presa ao bico, uma apetitosa minhoca. Fez-lhe a pergunta e ela respondeu, sem hesitar, após colocar minhoca no bico do filhote que esperava ansioso, no ninho:

- Mãe é aquela que alimenta para que o pequeno cresça forte e sadio!

O menino índio agradeceu e continuou seu caminho.
Encontrou uma gata que lambia, cuidadosa, o seu filhotinho. Perguntou e a gata respondeu, sem parar o que estava fazendo:

- Mãe é aquela que lava e cuida para que o pequeno esteja sempre limpinho!

Já era tarde e o indiozinho resolveu voltar para casa. Estava tão confuso: a sua pergunta tinha sido respondida de formas tão diferentes!...
Caminhando rápido, tropeçou num tronco de árvore e caiu, machucando a perna. Continuou com grande dificuldade porque estava sentindo muita dor.
Ao aproximar-se da aldeia, viu aquela que cuidava dele correr ao seu encontro, aflita, perguntando:

- Onde você foi?! Estava preocupada! A noite chegou e você não aparecia! Está machucado?...E que sujeira!...Venha! Vamos lavar o ferimento e fazer um curativo. Está com fome?! Preparei aquele ensopado de legumes que você mais gosta!

Olhando para a mulher que o fitava com tanto amor e que falava mostrando carinho e preocupação com seu bem-estar e segurança, o indiozinho lembrou-se do que os seus amigos da floresta lhe haviam dito.
Não teve dúvidas: ela era a síntese de tudo o que eles disseram e muito mais!
Com os olhos úmidos de pranto, ele falou enternecido e confiante:

- MAMÃE!

beijos,

Cláu

Um comentário:

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