terça-feira, 24 de novembro de 2009

E as mãos se encontraram!

No domingo fizemos a segunda apresentação.
Apesar do frio a festa era sempre um sucesso!
Ao final da festa, enquanto arrumávamos a rua, a turma começou a programar um passeio para a próxima quinta que seria feriado de Corpus Cristi.
O passeio seria ao Planetário, no Ibirapuera e o encontro seria no metrô Penha às 9:30h da manhã.

Na segunda-feira finalmente meu telefone, aquele que ficava na mesa de trabalho, tocou!
Era ele!!!
- É a Cláudia?!
- Sim!
- Oi...é o André da Mocidade, tudo bem?!
E o coração quase saiu pela boca! kkkk
Tentando disfarçar a voz:
- Tudo...tudo bem!
- Você vai ao Planetário quinta?!
- Lógico que sim!

Aaaaai que fora! Lógico porquê?!?!?! Não tinha nada de lógico porque eu poderia bem não ir! Percebi na ora que dei bandeira, mas simplesmente saiu! Percebi também que ele achou graça no meu jeito e fiquei ainda mais desejando que um buraco se abrisse ali, naquela hora! Só agradecia a Deus que essa situação embaraçosa fosse por telefone, porque se fosse pessoalmente acho que eu desintegraria! kkkk
Ele deu uma risada e disse que iria também.
A conversa não passou disso. Não tínhamos muito o que dizer, até pq o cérebro parecia estar vazio!
Despedimos e ficou de nos encontrarmos no passeio.

Aquela estava sendo uma semana difícil para mim! Embora eu estivesse indo muito bem no curso de Administração na faculdade, melhor até do que muita gente que já trablhava na área, não era o curso que me atraísse, eu estava infeliz e sem motivação para continuar.
Entrei no curso mais por causa dos meus pais...um grande erro!...e estava pagando o preço!
Tinha que decidir o que fazer, pois estávamos fechando o semestre e eu tinha que decidir se parava ou continuava naquele momento.
Depois de muito pensar, decidi trancar a matrícula. Fiz isso na quarta, véspera do feriado.
Embora fosse o que eu queria, fiquei muito mal. Sabia que não seria aprovada minha decisão em casa, mas sabia que era o melhor a fazer!
Naquela noite não dormi e pela manhã senti minha mãe desapontada com a notícia.
Estava muito triste e tinha decidido não ir ao passeio, mas comecei a conversar com meu irmão e ele apoiou, disse que se eu não estava feliz que tinha feito o melhor, que teria o semestre para decidir o que fazer no próximo ano e que eu deveria ir ao passeio, que ficar em casa remoendo não ajudaria em nada.

Faltava pouco para as 9:00h. Não daria tempo!!!
Troquei rápido, meio querendo desistir novamente, mas acabei saindo correndo até o ponto do ônibus.
Realmente não adiantaria ficar remoendo a decisão tomada!
Eu não sabia onde ficava o Planetário e fui decidida a voltar para casa caso não os encontrasse no metrô.
Entrei no primeiro ônibus que iria para o metrô e, para minha surpresa, encontrei mais um retardatário...rss
Um dos meninos do grupo de Mocidade que havia se atrasado, tbm. Ele sabia onde era o Planetário e ficou feliz quando entrei no ônibus. Desta forma ele não precisaria ir sozinho encontrar o pessoal no Ibirapuera se eles não estivessem mais no local combinado.
Fiquei mais animada e vi que o dia poderia ser muito bom! Estava calor, o dia estava lindo.

Chegamos às 9:40h e para nossa surpresa estava todo mundo lá!
Eles haviam decidido esperar até as 9:45h!
Assim que chegamos virou uma confusão. Risos e cochichos e, de repente, todo mundo saiu correndo de mãos dadas!
Eu passava pela catraca e o André ficou para trás!
Descemos juntos.
Achei muito estranha a atitude do grupo, mas tudo bem. Pareceu (e foi! rss) que haviam nos deixado para trás de propósito!

Eu não tinha comentado nada com ninguém. Porque será, então, aquela atitude?!
O André não dava mostras de estar interessado nem nada, apenas conversamos, ele ligou uma única vez para saber se eu ía ao encontro.
Enfim...embora não achasse nada do que estava acontecendo natural, tentei agir com naturalidade...rs

Entramos no vagão do metrô, descemos na Sé, fizemos a baldeação e sempre o grupo na frente e nós dois para trás...rss

No caminho para o Ibirapuera, descendo a rua, logo que passamos em frente ao prédio da Unifesp, no cruzamento seguinte, a surpresa:
O André pegou na minha mão para atravessarmos a rua e, daí para a frente, não soltamos mais!
Descemos até o parque de mãos dadas.
Conforme o pessoal foi se virando para falar alguma coisa e foi vendo, a confusão se armava: todo mundo rindo e cochichando e andando cada vez mais rápido para se distanciarem da gente!
Não sei descrever até hoje a sensação.
Embora eu não estivesse querendo um relacionamento naquele momento, também não tive forças para resistir e deixei a coisa andar!

E no dia 14 de junho de 1990, o André pegou na minha mão naquele cruzamento e não soltamos mais, literalmente!
Lá se vão quase 20 anos!

A surpresa da volta fica para outro post.

beijos e até mais!

Cláu

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Enfim...

Chegamos ao último final de semana de maio e o ensaio no sábado foi o último, portanto com mais exigências!
Já tínhamos um número considerável de casais, algumas meninas iriam dançar em duplas tbm.

Embora eu não gostasse de participar destas festas, estava me divertindo com os ensaios e tive oportunidade de conhecer bastante gente bem legal, fui logo incorporada ao grupo mesmo sem fazer parte da Mocidade e pude participar de trabalhos beneficentes com este grupo que muita satisfação me trouxeram!

No sábado foi uma confusão muito grande, muita gente no ensaio.
Neste sábado havia mais gente que o habitual e entre a multidão um rapaz me chamou a atenção numa hora em que fui beber água.
Estávamos no centro e quando fui usar o bebedouro ele estava sendo usado por um rapaz que eu ainda não tinha visto nos ensaios ainda, assim como outros que apareceram naquele dia.
Eu não sabia quem era, mas um arrepio me correu a espinha. Não sei explicar! Não trocamos uma palavra! Ele tomou a água e se afastou para que eu pudesse beber também.
Voltamos para o ensaio sem nada falar. Apenas um aceno de cabeça e um sorriso amistoso como se cumprimenta desconhecidos. Mais nada!

E ainda neste sábado fiquei sem saber quem era o André!
Aliás, neste dia eu nem soube se ele havia ido ou não, porque a Rose nada comentou. Achei que o par dela poderia ser mais um 'avulso' já que ela vinha dançando a cada semana com um par!

No domingo o ensaio foi na casa de uma senhora que morava perto do centro, onde o quintal era bem grande e agradável.

Como em todos os outros ensaios, muita risada, muitas brincadeiras, muita alegria que é inerente aos jovens adolescentes!
Eu estava intrigada!
Será que não saberia nunca quem era aquele tão falado André?!
E o ensaio correu como nos outros dias, mas com a expectativa de ser o último!
Na semana seguinte nos apresentaríamos na quermesse!

Quando os ensaios eram na casa desta senhora, levávamos cada um um prato e fazíamos um lanche depois do ensaio!
Eu já havia feito algumas amizades e era agradável estar ali!

Neste domingo, como nos outros, fomos embora em grupos.
Eu saí com duas meninas: a Paula e a Rose.
Quando estávamos subindo a rua em direção ao ponto onde elas pegariam o ônibus, mais ou menos no meio do percurso da ladeira, a Rose estanca no meio da rua e diz:

-Ah, mas eu não me despedi do André! Não posso ir embora sem me despedir dele!
E voltou!
Eu e a Paula voltamos junto e eu, com o coração disparado, só pensava: 'então ele veio hoje! Não posso perder a oportunidade de ver quem é!'.

Quando chegamos no portão da casa havia 2 rapazes com a dona da casa, conversando animadamente.
A Rose então, de forma bem expansiva, abriu os braços e foi falando:
- Aaaah, André, eu não poderia ir embora sem me despedir de você!
E o abraçou demoradamente!

Para minha surpresa, era o rapaz do bebedouro do dia anterior!
Afeeeeee! Fiquei com as pernas tremendo...rss

Ficamos os 5 ali conversando com a dona da casa mais um pouco, nos despedimos e iniciamos a subida novamente.
Saímos todos juntos, mas a certo ponto os outros 3 ficaram um pouco mais à frente e nós dois ficamos para trás.
Fomos perguntando coisas um do outro e ele achou que eu tinha 16 anos!
Quando falei que tinha 20 ele se surpreendeu. rss
Aí passou a demonstrar mais interesse na conversa. Diz ter achado que eu era muito nova, quase da idade da irmã dele.
Até então eu não sabia que a Paula era sua irmã! Ela tinha 15 anos e foi uma das meninas com quem me afinizei desde o princípio.

Chegando ao ponto do ônibus, enquanto esperávamos a condução dele e da irmã, ficamos surpresos com nossas semelhanças de interesses na vida!
Eu e ele fazíamos faculdade, trabalhávamos, ele contou da família enorme dele e eu da minha pequena família e assim a coisa transcorreu até que ele perguntou se eu tinha telefone.
Imediatamente peguei um pedaço de papel e caneta e dei o telefone do serviço, um número que era direto e tocava na minha mesa...rsss...e o telefone de casa!
Ele dobrou o pequeno papel e colocou na carteira.
O ônibus chegou, eles entraram e eu segui para casa à pé, pois morava há algumas quadras dali.

A certo ponto da conversa, ao olharmos nos olhos um do outro foi como se o olhar dele penetrasse até meu estômago. Uma coisa estranha! Algo que eu nunca havia sentido antes!

Desci a rua de casa, para variar, inconformada comigo mesma novamente!
Como fui dar o número de meus telefones para um desconhecido?!
O do serviço até tudo bem, mas e o de casa?! Não deveria ter feito isso!!! Porque agi assim, já que nem o pessoal do grupo de trabalho da faculdade tinha o telefone da minha casa?!
Eu sempre fui muito seletiva para dar o número de casa! Deveria estar perdendo o juízo de vez! Só podia ser!
Era a segunda vez em menos de 1 mês que eu agia por impulso!!!
Não estava me reconhecendo!

Embora estivesse indignada, naquele dia sentia algo diferente que não sabia explicar! Uma sensação de ansiedade e alegria.
Demorei para pegar no sono, tive uma noite agitada e durante a semana fiquei esperando que o telefone tocasse no serviço!
Não deixei ninguém atender! Nos primeiros dias nem almoçar eu fui! Comi no escritório, mesmo.

E o telefone não tocou...
A semana transcorreu assim: eu ansiosa, o povo do serviço tirando o maior sarro de mim por conta do telefone.
Aí minha indignação aumentou: como eu poderia estar esperando um telefonema como aquele?! Era lógico que ele não ía ligar!!! Quanta idiotice a minha!!!

E chegou o grande dia!!! Nossa apresentação na festa junina!!!
Nos arrumamos no salão de festas do abrigo, dançamos, participamos da festa. Tudo muito animado e divertido.
Como voluntários do abrigo, dávamos atenção aos nossos idosos também!

Ao término da festa, ajudar a arrumar a bagunça da rua e o reforço para chegarmos mais cedo no domingo para ajudarmos a arrumar tudo novamente para a festa.
Uma despedida rápida e fim para o sábado.
Nenhuma novidade!

Por agora é isso!

bjs,

Cláu

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Maio chegou!

Iniciamos o mês de maio com o planejamento do ensaio da quadrilha das crianças!
Surpreendentemente um dia acordei e o nome André Luís não ocupava mais meus pensamentos!
A sensação foi como se meu cérebro estivesse vazio, ou em branco...rss
No dia que isso aconteceu, recordo que de vez em qdo eu pensava no nome voluntariamente, talvez porque tenha ficado tantos dias...semanas...com ele involuntariamente nos pensamentos que quando parou senti uma espécie de vazio!

No primeiro domingo de maio organizamos as duplinhas e vimos que teríamos que juntar as salas, pois tínhamos mais meninas que meninos!
Feito o sorteio das duplas, ficou acertado que no domingo seguinte iniciaríamos os ensaios!
Uma das professoras ficou encarregada de levar o cd com a música de quadrilha e a coordenadora de pedir autorização no abrigo para ensaiarmos no pátio deles.

Segundo domingo de maio, reunimos as crianças, fizemos a oração inicial e fomos para o abrigo.
Lá descobrimos que não tínhamos onde ligar o rádio e precisaríamos de uma extensão!
Enquanto elas tentavam organizar as crianças que se dispersavam para conversar com os idosos...rss...eu fui à portaria verificar se tinham uma extensão para emprestar!

Na portaria do abrigo, aos finais de semana, quem ficava trabalhando eram voluntários.
Neste domingo estava lá um garoto do grupo de Mocidade!
Solicitei a extensão e ele, prontamente, arrumou uma para nós!
E o ensaio iniciou sem maiores problemas, sob os olhos atentos dos queridos idosos que acotovelavam-se à sombra das árvores!

Quase ao final do ensaio, o voluntário que estava na recepção do abrigo veio dar uma espiadinha nas crianças e, depois de um tempinho, aproximou-se de mim sorrindo e brincou:
- Nossa, nem consegui te localizar! Vc se confunde em meio às crianças!
Dei risada!
Era verdade!!! Do alto dos meus 1,53 eu certamente era até menor do que algumas crianças! kkkk

Tão logo o ensaio terminou, as professoras levaram as crianças por dentro do abrigo para o centro para serem entregues aos pais e eu saí pela portaria do abrigo para devolver a extensão.
O garoto estava ocupado atendendo o recebimento de doações e esperei uns minutos.
Logo ele veio, pegou a extensão, perguntou se eu iria dançar com as crianças e eu disse que não, que só estava ajudando no ensaio, mas que todas tinham pares e não precisariam de uma de nós para dançar.
Então ele faz a proposta:
- Você não quer vir ensaiar com o pessoal da Mocidade?! Estamos com falta de meninas! São poucas duplas até agora.
E eu, sem sequer pensar, disse: SIM.

Bom, o 'sim' saiu mais rápido do que o pensamento e eu mesma, depois de ter aceito, não compreendi porque aceitei!
Eu não dançava quadrilha desde a segunda série, quando deixou de ser obrigado às crianças dançar.

Aceito o convite, marcamos de nos encontrar às 15:00hs em frente ao abrigo, pois iriam todos juntos para a casa onde seria feito o ensaio.
No caminho para casa fui pensando, indignada comigo mesma:
- como eu fui aceitar esse convite de um desconhecido?!
- como eu iria para a casa de uma pessoa que eu nunca vi na vida?!
Enfim...eu deveria estar ficando maluca! Eu não era assim! Tudo que eu fazia era sempre bem pensado, planejado! Nunca havia feito nada de impulso desta forma!

Eu não havia dado certeza que iria naquele ensaio porque neste domingo minha mãe estaria sozinha. Ficou combinado de, caso minha mãe não estivesse muito bem, que eu iria no ensaio da semana seguinte.
Surpreendentemente, quando cheguei em casa, havia visita que faria companhia à minha mãe a tarde inteira!
Fiquei entre aliviada e apreensiva! Não estava gostando da idéia de sair com desconhecidos e ir para a casa de alguém que eu jamais vira na vida!

Enfim, tomei banho, almocei, arrumei a cozinha e saí!
Cheguei à porta do abrigo faltavam poucos minutos para as 3 da tarde!
Já havia um número considerável de jovens e fiquei meio encabulada. Tenho dificuldade em me integrar a grupos assim, então fiquei de lado. Ninguém me conhecia e o rapaz que me convidou ainda não estava ali!
Logo que ele chegou, veio expansivamente me comprimentar, apresentar a alguns dos jovens que ali estavam e seguimos rumo à casa onde seria o ensaio!
Lá chegando, fui apresentada à dona da casa e a outros jovens que lá já estavam!

Nem preciso dizer que não gravei o nome de ninguém! Muita gente nova e o único nome era mesmo o do voluntário, em quem eu tratei de ficar próxima o tempo inteiro!
Sem muita demora, as duplas começaram a se formar.
Eu fui apresentada ao meu par, um jovem moreno, pouco mais alto do que eu, que estava doido para dançar mas que estava sem par!
Ficamos lado a lado, fizemos a roda, depois a fila...rss...e qual não foi a minha surpresa quando uma das meninas vira e fala:
- Ah, Poli, assim não dá! O André não veio de novo!

Opa, opa, opa!!! NAQUELE ensaio havia um ANDRÉ?!
Meu coração quase saiu pela boca!
Não era possível isso!
Tinha um André e ele não foi?!
Foi inevitável pensar naquele momento: Será ele o André da minha cabeça?!
Não havia muito o que ficar pensando! Sem sombra de dúvidas era só uma coincidência, pois o da minha cabeça era André Luis!
De qualquer forma, meu cérebro entrou em ebulição! rss

Embora estivesse um ar meio frio, dancei suando. Realmente fiquei alterada!
Naquela mesma semana o nome parou de massacrar meu cérebro e num ensaio de quadrilha, em meio a uma multidão de pessoas desconhecidas, havia UM André!!!

Ai...meu coração dispara de lembrar os acontecimentos! rss

Bom, nem preciso dizer que se antes minha vontade de participar daquela quadrilha era titubeante, agora virara real desejo! kkk
Passei a semana ansiosa, aguardando chegar a noite de sábado para o meu segundo ensaio, mas ainda neste sábado a Rose dançou com um par improvisado, pois o André não foi!

E no domingo também não!
Só me restava esperar o ensaio do próximo sábado e rezar para ele aparecer e poder matar a minha curiosidade! rss
Na verdade era mais, muito mais do que curiosidade, mas também não sei explicar que tipo de sentimento era!
Seria, então, o terceiro sábado de maio e no seguinte já teríamos a primeira apresentação!

Nada havia a fazer além de esperar resignadamente!
Eu nunca tinha desejado tanto ensaiar quadrilha como naquela ocasião, nem quando era criança!

bjs e até o próximo tempinho!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Encontro marcado

Em janeiro de 1990 iniciei o trabalho como auxiliar na Evangelização Infantil!
Era um trabalho gratificante com as crianças!
Minha turminha tinha idade entre 7 e 9 anos!

Como havia dito, na primeira vez que cheguei para trabalhar senti que ali eu encontraria a pessoa com quem me casaria, encontraria a pessoa do sonho!
Não dei muita importância, primeiro porque não estava à busca de um relacionamento e segundo porque achava aquilo despropositado. Eu não conhecia ninguém além do grupo que trabalhava com as crianças e eram todos adultos com suas famílias formadas!
Existia um grupo de Mocidade, mas os encontros eram de sábado à noite no horário que eu fazia o meu curso de Evangelização.
Ou seja, a possibilidade era quase zero, bem remota mesmo! rss

Um dia, no mês de Abril de 1990, levantei para trabalhar como em todos os outros dias, mas havia algo diferente!
Sabe quando acordamos com uma música na cabeça, geralmente uma música que a gente nem gosta muito, mas que por mais que tentemos não pensar os trechos da música insistem em ficar na cabeça nos fazendo até cantarolar?!
Pois então! Neste dia eu acordei com um nome na minha cabeça, mas era exatamente como acontece com as músicas: o nome não saía da cabeça de jeito nenhum!
O nome?! André Luis!
Como em todos os dias, levantei, tomei banho, café e saí. Pensava no caminho que deveria ter deixado algo pendente no trabalho, algum cliente com aquele nome e segui disposta a verificar todas as pendências do dia anterior! Poderia ter sido algo importante que eu pudesse ter deixado para depois e esquecido!
Chegando ao trabalho verifiquei tudo, todas as pendências e....nada!
Chequei tudo novamente! Chequei se algo do que eu havia feito sem deixar pendências havia ficado com falhas e....nada!
Estava tudo certo, mas o nome martelava, martelava, martelava meu cérebro.
Martelava, não! Pulsava!
Aí comecei a achar que era algo com a faculdade! Não me lembrava de ninguém com este nome lá, mas havia alguns garotos novos que entraram nos grupos de trabalho e os quais eu não me lembrava os nomes. Podia estar aí a questão! Eu teria combinado algo e teria esquecido?!
Tínhamos um trabalho na Biblioteca da faculdade agendado, mas era na semana seguinte!
À noite, já cansada por não conseguir me desvencilhar do pulsar do nome em minha mente, meio que sem demonstrar dei um jeito de descobrir os nomes dos alunos novos e...nada!
Não havia nenhum André Luís na faculdade!
Minha esperança era dormir aquela noite e que quando acordasse isso teria acabado!
Não via a hora que terminassem as aulas e neste dia acabei indo embora na penúltima aula!
Queria chegar um pouco mais cedo para poder jantar, já que não havia almoçado naquele dia!
Fiz minhas orações noturnas e deitei para dormir com a certeza que aquilo não podia ser nada demais e que, no dia seguinte, tudo teria passado!

Qual não foi minha surpresa quando, ao abrir os olhos no dia seguinte, 'ouvi' como o primeiro pensamento do dia 'André Luís'.
Suspirei meio irritada. Nem havia saído da cama e já previa outro dia como o anterior que me deixou esgotada mentalmente pela resistência em tentar esquecer o tal nome!
E o dia transcorreu tal e qual o anterior, só que neste dia nem fui à faculdade. Estava irritada demais e as aulas não eram atrativas!
Consegui ver minha irmã pequena acordada, meus pais, deu para conversar um pouco com meu irmão e dormir cedo.
E os dias transcorreram assim: todos os dias eu acordava e o primeiro pensamento era André Luis!
Depois de uma semana nesta situação, fui à mesa de uma colega de trabalho e comentei que tinha um nome que não me saía da cabeça, que eu não conhecia ninguém com aquele nome, que não havia nada pendente, ninguém na faculdade e que aquilo, pela duração, estava me deixando extremamente irritada. Ela sorriu e disse: esse é seu futuro marido! Vou querer ser madrinha deste casamento!
Por um momento esqueci a irritação e não pude evitar de dar risada! Aquela menina falava cada uma!

E assim foi no mês de abril por umas duas semanas até entrarmos em maio! Todos os dias eu acordava e ía dormir com o nome André Luis na cabeça. Ficou tão habitual que depois de um tempo nem me incomodava mais. Já estava até dando 'bom dia' e 'boa noite' para ele! kkkkk

Em maio iniciaríamos os ensaios da quadrilha das crianças para a festa junina! A quadrilha da Evangelização Infantil era o ponto máximo das festa, pois as crianças se apresentavam uma única vez, era o dia que mais atraía público e tinhamos uma grande responsabilidade, pois a festa junina era beneficente em prol do asilo mantido pelo centro.

O mês de maio fica para depois!

Super beijo!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Falando de intuição e sonhos!

Tenho pensado muito a respeito das intuições e dos sonhos que permearam minha vida desde menina e estou sentindo necessidade de compartilhar este assunto aqui com vocês!
Eles normalmente estão relacionados à maternidade, tanto minha como de alguns parentes!
Resolvi, então, contar algumas histórias e falar do assunto, mas não vou entrar em méritos religiosos!
Cada qual interpreta estas coisas de uma forma, portanto vou dizer só o que vivi e senti!

Tenho passado anos da minha vida guiada por sonhos e intuições! É como se fosse guiada para o que, de alguma forma, tenho que fazer ou como que confirmando alguns pressentimentos, me mostrando quando as coisas estão para acontecer que está tudo certo, tudo no lugar certo, que não preciso exitar nem temer!

Desde bem menina sempre desejei ser mãe! Sonhava acordada com o dia que seria mãe, quando entrei na adolescência sonhava com uma barriga enorme, imaginava planejar engravidar no inverno para que quando chegasse o verão eu pudesse ir à praia com minha enorme barriga usando biquini de cortininha!
Para quem tem 40 anos para mais, imagino que se lembrem de uma moda-praia para gestantes cujo sutiã do biquini vinha com uma cortininha para proteger o topo da barriga já avantajada, porque é a parte que mais queima!
Ah, como eu sonhei com momentos assim!

Quando estava com uns 16 anos, pensando a respeito de uma futura gravidez, de um futuro filho, eu senti nitidamente, como algo que falasse em minha cabeça, que eu seria mãe, mas que jamais iria à praia mostrar barriga nenhuma simplesmente porque não ficaria grávida!
Senti naquele momento que só seria mãe por adoção!

O tempo foi passando, comecei a trabalhar, estudar à noite e o tempo para devaneios diminuiu.
Por algum tempo sequer pensei no assunto, mas sempre que me ocorria um pesamentozinho, ele vinha acompanhado de 'pare de planejar porque você não vai engravidar'.
Eu não me sentia triste. Nunca senti!
Para mim ser mãe, ou ser parente (irmã, prima, tia, avó, sobrinha) não tinha muito relação com sangue, com genética porque eu fui criada fora do núcleo familiar biológico e todos os tios, primos, avó que eu tinha por consideração e com quem eu convivia eram vizinhos de muitos, muitos anos!
Eu sabia que tinha os familiares biológicos, mas estes eu só via uma vez por ano. Com os outros eu convivia!

Quando tinha 18 anos comecei a namorar um rapaz o qual achava que seria minha cara metade, a pessoa com quem eu passaria minha vida e teria meus 4 filhos!
Isso é outra coisa: sempre senti que teria 4 filhos, desde lá os 16 anos!!!
Primeiro namorado, o tempo foi mostrando que não seria ele! Muitas diferenças de interesses pessoais, profissionais e de planejamento de vida!
O namoro acabou 8 meses depois do início e por alguns motivos que não vêm ao caso, decidi ficar sozinha. Não queria, por um bom tempo, me relacionar com ninguém! Decidi que se um dia eu tivesse que ter um relacionamento, que as coisas simplesmente aconteceriam.
Passei a me dedicar ainda mais aos estudos e ao meu trabalho. À minha família, também!
Eu tinha uma irmã pequena com quem gostava muito de estar, de curtir, de conviver!

Neste perído todo, desde minha entrada na adolescência, eu sentia uma saudade imensa de algumas pessoas que eu não sabia quem eram, mas eu sabia que não estavam perto de mim!
Não era dos parentes que viviam no interior e era algo que doía na alma a tal ponto que por diversas vezes desejei morrer para matar as saudades!
Conforme o tempo ía passando, ía ficando com mais e mais saudades, mas também vinha uma certeza cada vez maior de que estas saudades estavam prestes a terminarem.
Quando esta sensação começou a ficar mais clara, comecei a achar que iria encontrar/conhecer alguém, quem sabe minha cara-metade, a pessoa com quem iria me casar!

Passei 2 anos assim, depois do término do namoro. A cada dia que se passava, a certeza de que as saudades chegariam, em parte, ao fim era mais forte!

Um ano depois que o namoro acabou e mais ou menos 1 ano antes de conhecer o André tive um sonho que me deixou impressionada:

Uma noite cheguei da faculdade. Estava um calor terrível e eu tinha que escolher se tomava banho ou se jantava porque se fizesse os 2 não sobraria quase nada de tempo para dormir. Eu chegava por volta da 1:30hs e tinha que me levantar às 5:30hs!
Normalmente optava por tomar banho e naquele dia, especialmente, eu estava sem fome nenhuma. Sentia um cansaço maior do que o habitual, tomei um banho rápido e fui deitar!
Adormeci rapidamente e comecei a sonhar!
Estava acompanhada de duas pessoas de branco, que me seguraram cada uma por um braço e iniciamos uma viagem, ao que me pareceu, entre as estrelas! Algo fantástico que não encontro palavras para descrever!
Fomos parar em frente a uma porta enorme, tipo porta-balcão, bem alta e branca. Lá chegando as portas se abriram lentamente e havia um cômodo que me pareceu vazio, iluminado por uma luz rosa. O ambiente não era escuro, mas também não era nítida a visão!
Tinha uma espécie de esfumaçado no ambiente, como quando se toma banho com água muito quente no inverno.
Conforme fomos entrando, andando devagar, fui vendo uma silhueta na outra extremidade do cômodo.
Fomos indo bem devagar e meu coração foi ficando descompassado! Senti que aquele momento era especial, que estava relacionado com as tais saudades, entretanto quando estava chegando perto, fui impedida de ver quem era.
Uma angústia e um desespero se apossaram de mim! Eu precisava ver quem era, mas não pude!
Uma das pessoas que me acompanhava falava: este não é o momento certo!
E eu perguntava: mas quando será este momento?! Como eu saberei quem é?!
E a pessoa respondia: fique tranquila que quando chegar o momento você saberá de alguma forma!
Em seguida viajei 'pelas estrelas' novamente e acordei com uma sensação estranha de felicidade e tristeza ao mesmo tempo!
Parecia que tinha passado um tempão, mas olhei no relógio de cabeceira e ainda eram 2:30hs! Virei e voltei a dormir.
Incrivelmente aquela sensação de saudades que vinha me machucando muito o coração e a alma, como que por encanto, diminuíram em grau e proporção!

Passei a sentir necessidade de fazer algo para ajudar alguém, um trabalho voluntário. Fui deixando as coisas se acalmarem em meu ser e no final do ano descobri que precisavam de auxiliares para a escola de Moral Infantil aos domingos!
Me apresentei e fui aceita.
No primeiro dia que entrei para trabalhar com as crianças, conforme subia as escadas, algo dentro de mim falou: aqui você vai encontrar aquela pessoa do sonho!
Sorri e não dei importância! Como poderia?!

Hoje fico por aqui!
Meu cérebro está fervendo com as lembranças, mas tenho muito serviço agora!

Até o próximo tempinho!

beijocas!