sábado, 20 de agosto de 2011

Você já viu biscoito com carinha!

Agora Biscoito usando óculos tenho certeza que você nunca viu!!!

Veja que coisa mais linda um Biscoitinho de óculos:



Eis aí meu Biscoitinho de óculos. rss
No primeiro dia ela tirou e colocou várias vezes, quis limpar o tempo inteiro, quis tirar e colocar esse cordãozinho de cenourinha.
No segundo dia em diante passou a usá-lo o dia inteiro e não quer tirar nem para tomar banho...rss
Ela diz que sem os óculos o olhinho dói.
Na escola também não deu trabalho. As professoras disseram que ela está se comportando como se nem estivesse de óculos. Não mexe, não tira.
Realmente parece que ela está confortável e que os óculos lhe deram um maior bem-estar.
Daqui há 2 meses passaremos novamente na oftalmo para avaliação do grau.


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Para Praticar! (Recebido por e-mail)

Descrição: pense bem
Para praticar



1. Caminhe de 10 a 30 minutos todos os dias e sorria enquanto caminha.

2.          Ore na intimidade com Deus pelo menos 10 minutos por dia, em segredo, se for necessário.

3.          Escute boa música todos os dias. A música é um autêntico alimento para o espírito.
4.          Ao se levantar de manhã, fale "Deus, meu Pai, Te agradeço por este novo dia".

5. Viva com os 3 "E": Energia, Entusiasmo e Empatia.

6. Participe de mais brincadeiras do que no ano passado.
7. Sorria mais vezes do que o ano passado.

8.          Olhe para o céu pelo menos uma vez por dia e sinta a majestade do mundo que rodeia você.

9. Sonhe mais, estando acordado.
10.       Coma mais alimentos que crescem nas árvores e nas plantas, e menos alimentos industrializados.

11.      Coma nozes e frutas silvestres. Tome chá verde, muita água e um cálice de vinho ao dia. Cuide de brindar sempre por alguma das muitas coisas belas que existem em sua vida e, se possível, faça em companhia de quem você ama.

12.      Faça rir pelo menos 3 pessoas por dia.
13.       Elimine a desordem de sua casa, seu carro e seu escritório. Deixe que uma nova energia flua em sua vida.

14.      Não gaste seu precioso tempo em fofocas, coisas do passado, pensamentos negativos ou coisas fora de seu controle. Melhor investir sua energia no positivo do presente.

15.      Tome nota: a vida é uma escola e você está aqui para aprender. Os problemas são lições passageiras, o que você aprende com eles é o que fica.
16.       Tome o café da manhã como um rei, almoce como um príncipe e jante como um mendigo.

17. Sorria mais.

18.      Não deixe passar a oportunidade de abraçar quem você ama. Um abraço!
19.       A vida é muito curta para você desperdiçar o tempo odiando alguém.

20.      Não se leve tão a sério. Ninguém faz isto.

21.      Não precisa ganhar cada discussão. Aceite a perda e aprenda com o outro.
22.       Fique em paz com o seu passado para não estragar o seu presente.

23.      Não compare sua vida com a dos outros. Você não sabe como foi o caminho que eles tiveram que trilhar na vida.

24.      Ninguém está tomando conta da sua felicidade a não ser você mesmo.
25.       Lembre que você não tem o controle dos acontecimentos, mas sim do que você faz deles.

26. Aprenda algo novo cada dia.

27.      O que os outros pensam de você não é de sua conta.
28.       Ajude sempre os outros. O que você semeia hoje, colherá amanhã.

29.      Não importa se a situação é boa ou ruim, ela mudará.


30.       Descarte qualquer coisa que não for útil, bonita ou divertida.

31.      A inveja é uma perda de tempo. Você já tem o que você precisa.

32.      O melhor está ainda por vir.
33.       Não importa como você se sente: levante, vista e participe.

34. Ame sempre com todo o seu ser.

35.      Telefone para seus parentes frequentemente e mande emails dizendo: Oi, estou com saudades de vocês!
36.       Cada noite, antes de deitar, agradeça a Deus por mais um dia vivido.


37.      Lembre que você está muito abençoado para estar estressado.
38. Desfrute da viagem da vida. Tire dela o maior proveito!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Reabrindo o blog 15 Anos!!!

Bom dia pessoas queridas,

Devido a uns problemas, eu havia bloqueado o blog dos 15 anos da Tamiris, mas agora já com clareza de pensamento e com um meio-termo encontrado, reabro o blog.

Lá eu explico mais ou menos tudo...rss

Tem o link ali do lado, mas também pode clicar AQUI

beijos e tenham um dia abençoado!

Cláudia

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Frescobol X Tênis

Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que os casamentos são de dois tipos: há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol. Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa.
Explico-me. Para começar, uma afirmação de Nietzsche, com a qual concordo inteiramente. Dizia ele: “Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: “Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até a sua velhice?” Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.”
Xerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme “O império dos sentidos”. Por isso, quando o sexo já estava morto na cama, e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa, conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites. O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fossem música. A música dos sons ou da palavra – é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer. Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: “Eu te amo, eu te amo…” Barthes advertia: “Passada a primeira confissão, “eu te amo” não quer dizer mais nada.” É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética. Recordo a sabedoria de Adélia Prado: “Erótica é a alma.”
O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir a sua cortada – palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar. O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo. Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca. Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la. Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra – pois o que se deseja é que ninguém erre. O erro de um, no frescobol, é como ejaculação precoce: um acidente lamentável que não deveria ter acontecido, pois o gostoso mesmo é aquele ir e vir, ir e vir, ir e vir… E o que errou pede desculpas; e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos…
A bola: são as nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras. Conversar é ficar batendo sonho pra lá, sonho pra cá…
Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada. Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão… O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento. Aqui, quem ganha sempre perde.
Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem – cresce o amor… Ninguém ganha para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o jogo nunca tenha fim…

Texto de Rubem Alves postado no blog Tecendo a Propria Vida.

Adorei a analogia deste texto! Espero que gostem também!

Tenham um início de semana abençoado!!!

Cláudia

domingo, 7 de agosto de 2011

Mãe Faz Cada Coisa...

"Mãe é aquele ser estranho, louco, capaz de heroísmos, dramas e breguices com a mesma fúria; paga mico, escreve carta para Papai Noel, se faz passar por fadinha do dente, coelho da Páscoa, cuca, pede autógrafo para artistas deploráveis assiste a programas, peças, shows horríveis, revê milhares de vezes os mesmos desenhos animados, conta as mesmas histórias centenas de vezes, vai pra Disney e A D O R A!

Mãe faz escândalo, tira satisfação com professor..."

Este maravilhoso texto é de autoria de  Hilda Lucas e foi postado no blog Katralhas.

Quer ver o texto inteiro, clique AQUI.

beijos,

Cláudia

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Adolescentes: o que é negociável e o que é inaceitável?!

Ainda sobre o assunto do post anterior.

Minha amiga Tuka falou: 'sabemos que nessa idade proibir não funciona, tem efeitos devastadores, mas é preciso no mínimo negociar'.

Tudo é negociável em se tratando de adolescentes?! Será que todo adolescente é razoável o suficiente para negociar e ceder em algumas coisas?
Negociar pressupõe que tanto os pais quanto o adolescente cedam em alguma coisa. Todas as situações envolvendo um adolescente são negociáveis?

Eu, particularmente, de tantas coisas que tenho visto, creio que não!
Primeiro porque para se chegar a negociar, os pais precisam ter estabelecido um vínculo de confiança entre eles e o adolescente. Se estes laços forem fracos a negociação não funciona!
Creio que com a maioria dos adolescentes isso seja possível e viável, mas creio também que em alguns casos não existe negociação possível, como é o caso de uma menina de 14, 15, 16 anos desejar ir embora de casa morar com o namorado, constituir um relacionamento conjugal.
Ah, sim...para negociar os pais também precisam deixar a prepotência de lado e não tentar impor que a sua decisão seja a aceita, porque aí deixa de ser negociação e passa a ser imposição.

Tá...existem excessões! Há quem saiu de casa com essa idade, trabalhou, casou, teve filhos e vive bem, deu tudo certo. Aí posso dizer que para toda regra existem excessões mas creio que via de regra não dá certo, não é aceitável uma situação como esta, principalmente quando o relacionamento é permeado de agressões e violências!
Di, amada, você é uma feliz excessão!!! Seu relacionamento não era doentio, seu marido é do bem e talvez por isso seus pais tenham agido como agiram.
Eu questiono a intervenção quando o relacionamento é doentio, permeado de muitos ciúmes que culminem em agressões físicas de parte ou de parte a parte em relacionamentos de meninas com 13, 14, 15 anos de idade.

No post anterior cheguei a questionar até onde uma jovem de 15 anos tem autonomia (ou direito) de sair de casa assim, com apoio dos pais e ouvi uma promotora falando que não existe esse 'direito', que quando um filho menor de idade sai de casa os pais têm sim autonomia de buscar esse filho com apoio da justiça e até mesmo com reforço policial se for preciso,  e que deixar esse filho menor fora de casa pode caracterizar abandono.
Nos casos de jovens que insistem em sair de casa com pouca idade os pais têm apoio da justiça para fazer valer a manutenção deste jovem em família, portanto um jovem de 15 ou 16 anos não tem essa autonomia toda, não!

Eu creio no diálogo, na negociação, mas creio também que em alguns momentos pais tem que ser pais e têm que dizer 'não'.
Dizer não é duro, é difícil, é trabalhoso,  mas muitas vezes é necessário!
Não dá para atirar pedra no telhado dos outros quando se tem telhado de vidro, entretanto têm acontecido muitas coisas com os jovens que para mim são nitidamente falta de pulso dos responsáveis!
Cabe lembrar que negociar, conversar, estabelecer confiança são atitudes que devem começar entre pais e filhos desde que os filhos são ainda crianças.
Mostrar de vez em quando que pais têm autoridade também faz parte do processo de educação e precisa acontecer desde a infância dos filhos. Não dá para deixar uma criança fazer tudo o que deseja e querer impor limites na fase da adolescência que aí não vai rolar messssmo!
Tudo tem que ser dosado: liberdade e autoridade e isso desde sempre em se tratando de educar filhos!
Educar é um processo longo trabalhoso!

Os pais devem estar atentos, acompanhar de perto a vida dos filhos, conhecer seus amigos, ver com quem andam e se amigos ou namorado(a) forem influências negativas, muita conversa, negociação e até um afastamento compulsório creio que sejam válidos em caso de resistência no sentido de fazer com que esse filho ou filha se afastem de relacionamentos doentios!
Tenho certeza absoluta que se uma das minhas filhas chegar em casa com marcas roxas e disser que apanhou de namorado, que a coisa não ficará no âmbito de 'respeitar a vontade dela para a manutenção do relacionamento'. Mulher que apanha tem baixa auto-estima e temos que fazer essa menina ver que não a merece quem não a respeita!
Vou fazer tudo que estiver ao meu alcance para que uma situação destas se acabe e se o indivíduo insistir, quem vai sair roxo daqui será ele!
Eu sempre falo para a mais velha: se seu pai não te bate não admita nunca, em hipótese alguma, que namorado ou marido te levante a mão!
Essa orientação já faz parte da educação que dou a ela e que darei à mais nova!
Também converso muito com o garoto a respeito destas questões de agressões em relacionamentos. Que ele não faça e não admita que nenhuma mulher o faça com ele! Siiim, porque tem mulheres que agridem, também!

Sempre orientei meus filhos desde pequenos, desde que entraram na escola a se afastarem de amiguinhos muito ciumentos que quisessem exclusividade de atenção. Isso creio que já seja uma espécie de treino para que eles não se envolvam com pessoas com esta característica. Estou protegida?! Eles estão livres de se envolverem com alguém extremamente ciumento(a) e monopolizador?! Claro que não, mas estão alertas e imagino que a possibilidade de chegarem a se envolver com alguém assim seja menor do que quem nunca tenha ouvido tal orientação, uma vez que para se envolverem precisarão ter certa convivência e eles fogem de gente que quer monopólio!

Sobre o título do post, para mim em se tratando de adolescentes:

* é negociável:
- namorar aos 13 ou 14 anos (porque acho que o ideal seja a partir dos 16 ou 17);
- dormir fora de casa de vez em quando;
- ir a uma festa ou baladinha e chegar um pouco mais tarde, desde que aceite que eu leve e busque e que no dia seguinte não tenha aula;
- ficar mais tempo do que o estipulado na internet de vez em quando;
- que amigos venham dormir aqui durante a semana;
- marcar um programinha tipo pizzaria ou lanchonete com os amigos durante a semana, eventualmente.

* é inaceitável:
- beber bebidas alcoólicas ou fumar sendo menor de idade, até porque em nossa casa eu e o pai não bebemos e não fumamos;
- dirigir antes de ter idade para tirar habilitação;
- ir morar com namorado ou namorada com 15, 16, 17 anos ou namorado(a) virem morar aqui; (*)
- estabelecer relacionamento doentio, permeado de agressões físicas. Isso em idade alguma para mim é admissível, mas enquanto forem menores de idade e morarem com a família, não é admissível de jeito nenhum!

(*) neste ítem ressalto que para mim seja inadmissível desejar morar junto (na casa dos pais ou sozinhos) em início de relacionamento, quando ainda  não se conheçam direito.
Se existe um namoro estável e duradouro e, de repente, por mais que se oriente surja um bebê, não vejo mal em apoiar, trazer morar junto, por exemplo, o namorado da filha, para que ambos possam terminar os estudos e construir o futuro juntos se assim desejarem.
Claro que eu prefiro que isso não aconteça com nenhum deles, que quando estiverem namorando que esperem o tempo certo das coisas, mas também não deixarei de apoiar. Só torço para que SE acontecer, que seja mais tarde do que mais cedo!

beijos,

Cláudia

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A quem cabe a responsabilidade?!

A notícia inicial era: 'Uma adolescente de 16 anos morreu ao cair de um prédio no bairro da Vila Carrão, Zona Leste SP, na madrugada deste domingo (31). De acordo com o Corpo de Bombeiros, a garota caiu do 15º andar de um edifício na Rua Lutécia por volta das 3h.(...)' fonte G1.

E eu fiquei me perguntando: o que uma garota de 16 anos fazia na casa do namorado às 3 horas da manhã?!
Depois fiquei sabendo que ela morava há 11 meses com o rapaz, que é jogador da Portuguesa e tem apenas 20 anos de idade!

Aí por mais que tente ser moderna, que esteja antenada às atualidades juvenis, que de tempos em tempos atualize até vocabulário para acompanhar o desenvolvimento da minha adolescente e do meu pré-adolescente me pergunto como uma menina de 16 anos pode ser solta para morar com o namorado assim?! Gente, 16 ANOS!!! Ela poderia sim estar namorando com ele, mas é menor, tinha que estar morando com os pais, estudando, construindo seu futuro para partilhá-lo com o namorado ou apesar dele! Ou será que apesar de tentar ser moderna sou atrasada, arcaica, estou totalmente 'por fora'???
Li em entrevistas dos pais frases como 'ele viajou para buscá-la e ela foi morar com ele. Ela saiu e não deu nem tchau', ou 'ela apareceu com manchas roxas mas pediu para não irmos à polícia', 'eles tinham um relacionamento conturbado, eu a levei de volta para casa mas ele foi buscá-la e ela acabou voltando'.
Como assim?! Uma menina de 16 anos tem essa autonomia toda?! Não vi em nenhum lugar isso, mas ela era emancipada, tinha emprego, se sustentava?!
Sim, porque se ela era emancipada, já era dona do seu nariz, mas se não era...huummm...a quem caberia a responsabilidade de conduzir sua vida? Seria a si própria?

Pelo ECA um adolescente de 15 anos não pode trabalhar. Será que uma adolescente de 15 anos tem autonomia legal perante o ECA para ir morar fora de casa e os pais apenas 'apoiarem' sua decisão?!
Eu coloco aqui 15 anos porque embora ela tivesse 16 até domingo, já fazia 11 meses que morava com o namorado, o que me faz crer que ela tinha 15 quando saiu de casa 'e não deu nem tchau'!
Gente, pelamordedeus, minha filha vai fazer 15 em janeiro e não tem a menor condição de cuidar de si própria nem morando comigo, quanto menos de cuidar de um marido e de uma casa, porque para mim o fato de sair de casa e ir ter uma vida conjugal com alguém deixa de ser namoro e passa a ser casamento, independente de assinar papel ou não!

Tenho visto em todos os jornais e programas se discutir se foi suicídio ou se ela foi jogada, que o apartamento estava revirado, tinha manchas de sangue, que eles brigaram, mas  para mim  o buraco é mais embaixo e a discussão está no rumo errado! Ela morreu: isso é fato! Caiu ou foi jogada: também é fato, entretanto estava vivendo uma vida que não lhe pertencia neste momento, vida de adulto sem preparo nenhum. Aliás, ambos estavam vivendo na mesma situação, porque hoje em dia um garoto de 20 anos não tem preparo algum para assumir mulher e casa, ainda que seja jogador, ainda que ganhe bem. Falta maturidade, falta preparo, falta tudo para jovens nesta idade assumirem um compromisso como o assumido por eles! Quem é casado ou vive junto há muitos anos, tem idade e maturidade sabe bem o quanto é difícil e complicado manter uma casa e um relacionamento, imagine para dois adolescentes!
Creio que a discussão tenha que se dar em torno do ECA, das responsabilidades das duas famílias, na questão de se delimitar qual o nível e o grau de 'apoio' que se deve dar a jovens com tão pouca idade que querem morar juntos, até onde vai a responsabilidade dos pais em liberar uma menina de 15 anos assim e ainda comprar-lhes móveis para montar a tão sonhada casa!
Não estaria havendo uma conivência exacerbada com relação a essa permissividade, com esse 'apoio' à saída de uma filha de casa tão cedo?! Não estaria sendo encarada com muita naturalidade essa questão que para mim não é nada natural?
Natural para mim é uma garota de 16 anos estar morando com os pais, cursando o segundo ano do ensino médio e construindo seu futuro com planos dentro da família. Claro que com um namorado, com passeios, com viagens, cursos extra, dentro de uma estrutura e sendo apoiada nas decisões que são plausíveis de apoio!
Creio que deva haver menos 'dedos' para abrir o assunto, trazer a reflexão à tona e mostrar a alguns pais que filhos de 15 ou 16 anos têm corpo de adulto, mas nenhum preparo para a vida, que embora tenham tamanho avantajado e tentem impor suas vontades, são menores e precisam de rédeas, de direcionamento e apoio na medida do aceitável.

De acordo com o ECA, jovens com menos de 16 anos não podem trabalhar. Será, então, que podem morar fora de casa em vida conjugal? Onde fica a responsabilidade dos pais neste caso?
Eu não posso colocar minha filha de 15 anos para trabalhar na loja da família meio período porque menor não pode trabalhar, se eu desrespeitar o ECA neste ponto posso responder a processo, posso ter uma dor de cabeça enorme com a justiça, com o Conselho Tutelar, mas posso deixar minha filha sair de casa para ter uma vida conjugal?! Eis a questão! Eis a pergunta que não quer calar desde que ouvi essa notícia infeliz e que quanto mais eu ouço depoimento dos pais, mais fico indignada! Tenho me perguntado porque alguns pais têm medo de falar 'não' para os filhos e impor sua autoridade quando necessário!

Não estou atribuindo culpa aos pais pelo ocorrido! De forma e em hipótese alguma! Estou querendo refletir a respeito de até onde vai a nossa responsabilidade de pais de filhos adolescentes, até onde devemos apoiar e até onde devemos dizer 'não, você não tem idade para isso ainda'. Até onde colocar limites é importante e necessário para, inclusive, proteger nossos adolescentes de fatos como este!

Uma outra questão: ainda que sua filha adolescente não tenha saído de casa, more com a família mas que tenha um namorado cujo relacionamento seja conturbado e cheio de brigas. Até onde 'respeitar' o direito da sua menina em preservar uma relação doente? Como você, como pai e como mãe pode ficar omisso vendo sua filha menor de idade chegar em casa roxa, ferida em brigas recorrentes com o namorado e deixar tudo como está para respeitar a vontade dela de manter o relacionamento?
É certo permitir que sua filha apanhe de namorado se vocês, como pais, não batem?
Permitir que sua filha apanhe do namorado não estará induzindo essa menina, ainda adolescente, a ser permissiva com a violência doméstica desde cedo ou não estará levando ao risco de acontecimentos como o da menina Eloá?
Se nós como pais admitimos que nossa menina apanhe do namorado, como vamos protegê-la do marido?

Creio que temos que ter visão de futuro antes que as coisas aconteçam, temos que segurar as rédeas da educação e da criação dos nossos filhos, não sermos permissivos onde devemos dizer não porque se agirmos com permissividade excessiva e der errado, não adianta depois ficar chorando e dando entrevistas querendo jogar a responsabilidade apenas do outro lado!
É certo que nem com todas as precauções estaremos protegidos de vivermos uma tragédia doméstica, mas há tragédias que são anunciadas e podeeriam ser evitadas, principalmente quando se trata de filhos menores de idade advindos de famílias estruturadas!

Que fique claro, mais uma vez, que não estou atirando pedras nos pais da menina e sim trazendo a discussão para que reflitamos todos juntos quanto à nossa responsabilidade como pais e nisso me incluo também!

Beijos

Cláudia