segunda-feira, 11 de junho de 2012

Familiarizando a Adoção nas Escolas - DICAS PARA AS PRÁTICAS DOCENTES

É importante que se modifique o foco da abordagem de família nas escolas.
Este texto com dicas fornecidas pelo GEAAF - Grupo de Estudos e Apoio à Adoção de Florianópolis é excelente, traz sugestões de uma nova abordagem da família, levando em conta que a adoção tardia vem se tornando cada dia mais comum.
Ainda que não seja uma adoção tardia, uma criança que foi adotada ainda bebê não tem fotos da mãe grávida, por exemplo, bem como não tem a história de 'quando estava na barriga da mamãe'.

Posto este texto para que professores, orientadores, pais, diretores que porventura leiam este blog possam socializar.
Infelizmente ainda existem tarefas que pedem para a criança contar sobre a gravidez, contar a história do seu nome e, em muitos casos de adoção, principalmente da adoção tardia, o nome vem com a criança, não existe uma história, bem como não existe uma foto da mãe grávida, uma roupinha ou brinquedo de quando era bebê.
É importante que as escolas acolham esta nova ideia, deixando de valorizar tanto detalhes que para algumas crianças seria apenas um motivo de constrangimentos desnecessários.
Consta neste livro a árvore genealógica sugerida no texto para se trabalhar em sala de aula, valorizando-se, também, as relações de afinidade no convívio da criança.

Abaixo, o texto do GEAAF:

Familiarizando a adoção nas escolas
DICAS PARA AS PRÁTICAS DOCENTES

Apresentamos uma coletânea de situações vividas no ambiente escolar, a fim de sinalizar a relevância do cuidado do educador ao se relacionar com as diversas 
formas de família.
Familiarizando a adoção nas escolas.

• A Árvore da Família ou Árvore Genealógica que visa a construir a história familiar, identificar os antepassados e as diferentes relações de parentesco biológico,
precisa ser repensada. Permita que seus alunos elaborem a árvore de suas famílias, colocando as pessoas que têm importância para eles. Considere que o seu aluno - em especial, o filho por adoção - pode possuir duas árvores, a genealógica e a por afinidade. Observe o exemplo da árvore da família do livro “Conta de novo a história da noite em que nasci”, de Jamie Curtis, e trabalhe a árvore da família voltada para a história e realidade de seus alunos.

• Ao abordar semelhanças entre as crianças e suas respectivas famílias, transcenda as semelhanças físicas e aborde as afinidades. Incentive os seus alunos a falarem de
atividades que eles gostam de fazer em comum com seus familiares.

• Abordagens como: “Quando você estava na barriga de sua mãe...”; ou “traga fotos de quando você era bebê...”; podem causar constrangimentos, por diversos
motivos. O aluno pode não se recordar desses momentos, pode não possuir registro material, ou pode, também, não ter vivenciado essas situações com a família com
a qual convive atualmente. Peça aos seus alunos para trazerem materiais que eles consideram agradáveis de serem compartilhados. Permita que a escolha seja feita
por eles! Trabalhe a afetividade!

• “FILHO ADOTIVO NÃO É FILHO DOS OUTROS”.
...acho que é a mesma coisa ser da barriga ou adotado. Pode ser que no
começo seja diferente, mas depois é tudo igual. Eu não sou filho dos outros! Eu sou filho da minha mãe e do meu pai! Eu tenho uma irmã que é legal, a gente briga e tudo, igual em outras famílias. Depoimento dado por Rodrigo Larroid Cardoso,
filho por adoção, aos 10 anos de idade.

AGORA É COM VOCÊ!

(GEAAF. Grupo de Estudos e Apoio à Adoção de Florianópolis
Familiarizando a adoção nas escolas / organização Carmen Matos da Silva e Regina Helena Cintra Paes de Barros. Texto e pesquisa Adrienne Kathlen Melo do Lago. 1ed. Florianópolis: GEAAF, 2009.)




Tenham todos uma excelente e abençoada semana!

Cláudia

4 comentários:

  1. Oi Cláudia...bom dia!

    Muito bem lembrado isso. De fato essa nova abordagem familiar é importante nas escolas. É cada vez mais urgente acabar com esse tipo de constrangimento com relação às crianças que foram adotadas. A escola tem um papel fundamental no esclarecimento sobre o assunto.

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  2. barbarooooooooooooooooooo, ate compartilhei no face
    minhas meninas passaram isso esse ano, foi bemmm chato

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  3. Parabéns, Cláudia. Ótimo texto!

    Levarei com certeza para a escola em que trabalho. Será de grande valia ser trabalhado em reuniões pedagógicas. A Educação brasileira precisa de uma política mais abrangente. Infelizmente ainda estamos engatinhando.

    Abraço
    Carlos Alberto

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  4. Oi amiga! encontrei esse seu texto fazendo uma pesquisa hoje por não aguentar mais ter que lidar com as atividades escolares desse tipo. Vou compartilhar para ver se quem sabe chegue a quem tem que chegar. Porque eu já ando cansada de tanto explicar.

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