sábado, 27 de outubro de 2012

Gravidez: o que acontece quando a barriga não cresce!

Imagem copiada do Facebook

Quando eu falo a palavra gravidez o que vem à mente de quem lê: uma mulher com uma barriga enorme!
Sempre relacionamos palavras a imagens, entretanto as palavras nem sempre relacionam exatamente a apenas uma imagem. A palavra 'banco', por exemplo, sem nenhuma outra referência pode remeter a um banco de jardim embaixo de uma árvore numa praça ou a um banco financeiro. A imagem vai depender do foco de quem está lendo certo? Nem sempre!

Com a palavra gravidez é assim: você lê a palavra e a imagem é de uma mulher barriguda. Não tem como fugir disso, entretanto se falarmos em esperar um filho a figura associada muda? Para a maioria das pessoas não!
Quando eu digo que estou esperando mais um filho as pessoas me perguntam de quantos meses eu estou. Se eu falo que são, aproximadamente, 48 meses as pessoas mudam de assunto. Não sei, mas acham que estou debochando, entretanto eu estou esperando outro filho há aproximadamente 48 meses mesmo!

A sociedade ainda não assimilou o sentido de esperar um filho, de estar grávida do coração. Por conta disso podemos esperar nossos filhos por 3, 4, 5, 10 anos e quando eles chegam é como se tivessem aparecido por encanto, assim 'do nada'.

Vamos fazer uma analogia: gravidez biológica x gravidez do coração.
Na gravidez biológica a barriga cresce e, via de regra, dura 9 meses ou 42 semanas! Todo mundo participa, compartilha da felicidade da futura mãe, ansia pelo momento de ver a carinha do bebê, sonha com o momento de poder visitar, planeja presentes e tal. Essa é a parte social: amigos, parentes, colegas de trabalho, vizinhos, todos se envolvem com a barriga, todo mundo sempre tem algo positivo ou alguma recomendação para dar sobre o bebê e isso é legal, afinal de contas uma nova vida que chega é sempre motivo de festa. Como diz a famosa marca de fraldas: é um pequeno milagre que vem ao mundo!
A mulher grávida fica sensível pela mudança hormonal e também pela mudança real que terá em sua vida e família em poucos meses. Terá uma pessoa a mais em casa, uma pessoa totalmente dependente dela e ela passará a ter que zelar pela saúde e bem estar desta pessoa! A mulher grávida sente felicidade por estar grávida, mas conforme a barriga vai crescendo ela sente ansiedade, medos dos mais variados, tem sonhos sobre como será o seu bebê, que carinha vai ter. Tem fantasmas que povoam sua mente: como será quando chegar o momento? vai dar tudo certo? o médico estará disponível?, o hospital terá estrutura suficiente se o bebê tiver algum problema?, ele terá saúde?, terá todos os dedinhos? e se não chorar na hora que nascer? e se não me mostrarem e depois trocarem meu bebê? e se depois que chegar em casa eu não souber cuidar? e se eu não  conseguir amamentar? e se o leite for fraco? e se...e se...e se? Na cabeça de uma gestante, por mais que ela se cerque de todas as garantias e tenha certeza que está tudo certo passam todas essas perguntas e muitas outras mais.

Na gravidez do coração a barriga não cresce, o tempo de espera é indeterminado, praticamente ninguém participa da felicidade da futura mãe, pouquíssima gente se lembra que ali naquela família em algum momento vai haver uma criança nova para ser visitada. Colegas de trabalho, vizinhos, amigos e conhecidos: quase ninguém se envolve com a mãe na espera e mesmo assim, como diz a famosa marca de fraldas, este filho, assim como o biológico, é um pequeno milagre que vem ao mundo!
A grávida do coração  fica sensível também. Para ela não existem mudanças hormonais, mas as mudanças emocionais são tais e quais as da grávida biológica:  ela sabe que terá uma pessoa a mais em casa, uma pessoa totalmente dependente dela e ela passará a ter que zelar pela saúde e bem estar desta pessoa! A mulher grávida do coração sente felicidade por estar esperando um filho, e mesmo sem barriga crescendo ela sente ansiedade e medos dos mais variados, tem sonhos sobre como será o seu filho que pode não ser um bebê, tenta imaginar que carinha vai ter. Tem fantasmas que povoam sua mente, também: como será quando chegar o momento? vai dar tudo certo? o fórum ai demorar para ligar?, o abrigo estará cuidando bem da criança?, será perfeitinho? e se não gostar de mim?, e se depois que chegar em casa eu não souber cuidar? e se eu não  conseguir alimentar? e se...e se...e se? Na cabeça de uma grávida do coração, por mais que ela se cerque de todas as garantias e tenha certeza que está tudo certo passam todas essas perguntas e muitas outras mais. 

É possível perceber que existe uma diferença fisiológica grande entre a grávida biológica e a grávida do coração, entretanto na parte emocional não é muito diferente, salvo algumas peculiaridades inerentes a um estado e a outro.
Mesmo para se engravidar, seja biologicamente, seja do coração existem alguns caminhos muitos semelhantes:
- grávida biológica antes planeja o filho, para com o contraceptivo, engravida e espera.
- grávida do coração antes planeja o filho, preenche um monte de papéis, entrega no fórum e passa por processo de avaliação (fase de parar os contraceptivos e engravidar!), se habilita (engravida!) e espera.

Se por um lado na parte emocional não existe muita diferença, na parte social existe um abismo!
Uma grávida do coração não ganha um filho 'do nada'! Ela faz uma espécie de pré-natal no fórum que não é para garantir a saúde da criança e um bom parto, mas sim para terem a certeza de que ela tem saúde física e mental para ter a criança. Ela passa por uma espera tão angustiante quanto a da grávida biológica entretanto a espera dela tem prazo para começar e não tem prazo para terminar.
A grávida do coração não recebe paparicos, salvo excessões não ganha mimos para o filho e não tem muito direito de falar sobre suas ansiedades sob pena de ser taxada de obsessiva e só falar nesse assunto. Isso na melhor das hipóteses, porque se para a grávida biológica todo munto tem algo positivo para falar sobre o filho vindouro, para a grávida do coração boa parte dos conselhos são temerários!
A grávida biológica pode reduzir seu grau de ansiedade descobrindo o sexo do bebê para fazer o enxoval e o quarto, a grávida do coração sequer pode fazer enxoval a menos que tenha um perfil muito restrito, o que aumenta muito sua ansiedade.

Com essa analogia quero orientar o seguinte:
1. quando souber que uma pessoa está esperando para adotar, lembre-se que a barriga não está crescendo, mas esta pessoa está grávida emocionalmente tanto quanto uma que carrega o filho na barriga;
2. O filho recém-chegado de uma mãe do coração não surgiu 'do nada'! Ela possivelmente esperou muito mais tempo do que uma gravidez biológica regulamentar;
3. Toda grávida precisa de atenção com relação à sua espera e com a grávida do coração não é diferente.
4. A grávida do coração não é obsessiva, ela tem um grau de ansiedade um pouco maior porque sua espera é um pouco maior também;
5. Quando uma pessoa opta pela adoção ela está envolvida com a chegada de um filho e é crueldade com o seu emocional discursos preconceituosos sobre a origem da criança e seu possível futuro tenebroso. Ninguém cogita com uma grávida biológica que o filho dela pode vir a ser um marginal, um bandido, que possa matar toda a família num acesso de revolta ou de ingratidão e ninguém tem garantias que isso não vá acontecer com um biológico, nem tampouco que vá acontecer com um adotivo!
Imagem tirada do Facebook

Eu tive 3 filhos por adoção e me senti muito, mas muito sozinha durante a espera. Não pretendo entrar em detalhes a respeito, até porque a analogia por si já diz tudo, entretanto quero deixar aqui um depoimento:

Nesta última espera vivi uma grande emoção há alguns dias: uma pessoa muito querida fez um presente para minha filha que ainda é projeto.
Saber que ela fez o mimo especialmente para minha filha e que me entregou assim, sem ter um motivo como chá de bebê ou a chegada dela foi uma sensação indescritível. Já tem um tempinho e ainda me emociono com o carinho!  Vem à minha mente como esse ditado é verdadeiro: quem beija meu filho minha boca adoça.
Esta pessoa já é alguém por quem eu nutro carinho muito especial e tanto o mimo como ver os olhos dela brilhando quando falou de sua ansiedade pela chegada da minha filha certamente fez com que esse carinho especial se multiplicasse muito mais.
Um gesto que para mim significou muito e que de certa forma amenizou todas as tristezas, mágoas e lágrimas de todas as vezes que me senti sozinha na espera pelos outros filhos!
Saber que tem alguém que sonha comigo a chegada dessa criança foi algo muito bom de experimentar!

Mimo para Letícia!

Cláudia

sábado, 20 de outubro de 2012

Era uma vez...

Uma formiguinha carregando um milho de pipoca...


Eu estava observando...

A Laica veio observar também...

E depois de observar ela queria que eu parasse de olhar para a formiguinha e que olhasse para ela...

Tudo bem então, mas levanta a patinha para não amassar a formiguinha!

Uma pose para a mamãe tirar uma fotinho!

E um carinho para encerrar a historinha!


Beijos!

sábado, 13 de outubro de 2012

Dia das Crianças!

A cada ano o consumismo aumenta absurdamente! Quinze dias antes do Dia das Crianças as lojas já ficam entupidas de mães e crianças, todos perdidos em meio a tantas novidades, tantos lançamentos!
Brinquedos que as crianças sequer brincam, seja porque perdem o encanto logo depois que ganham, seja porque os brinquedos modernos praticamente brincam sozinhos!
Este ano, indo na contramão de todo esse consumismo, decidi fazer uma festa com reciclados e a intenção era que no decorrer dos preparativos, que meus filhos participassem da confecção dos brinquedos que seriam utilizados como enfeites da festa.
E assim foi:
Taís pintando as centopeias:


E feliz com o resultado:

Também fizemos vasinhos de caixa de leite para as flores de jujubinha...
Pinguins de garrafas pet...
Latas pintadas...
E os bonequinhos de bexiga e farinha: o único que não foi reciclagem...
Também fizemos cupcakes bem coloridos por dentro e por fora...


E a mesa ficou assim, com a participação do bolo salgado com carinha feliz da tia Monica e a torta da tia Graciela que não aparece na foto..

Fizemos um canto de criatividade e as crianças soltaram a imaginação pintando com guache e pincel...
Primeiro na parede



Depois foram para o chão...

E depois...bem...depois o papel não era o suficiente...



E as criações ficaram assim:


O que me surpreendeu foi que tirando os pés pintados da Taís e as mãozinhas que eles melecaram para carimbar o papel, eles não se sujaram! Ninguém precisou trocar de roupa!
E ao final da festa, cada um levou um kit assim:


Os meninos pré-adolescentes ganharam uma lata pintada com as cores do time preferido e um bichinho de bexiga, porque esse foi unanimidade: todo mundo gosta, até adulto! kkk
E justiça seja feita: a lata vermelha e preta não é Flamengo. Deveria ser São Paulo, mas esqueci  de mesclar com branco, problema que será facilmente resolvido com um lindo adesivo do time!


As latas e as caixinhas estavam recheadas com bala mole, porque afinal de contas Dia das Crianças pede docinhos, neah? rss
No final do dia, depois do banho, Taís ganhou um presentinho, uma pequena lembrança: uma lata customizada com lápis de cor, adesivos, apontador, tesourinha, uma lapiseira colorida e um caderninho de desenho. Coisas baratinhas para complementar o objetivo da festa: brincar e usar a criatividade!




Foi divertido preparar a festa e foi muito bom ver como as crianças se divertiram com tinta, bexigas e um pouco de espaço!
Foi muito bom poder proporcionar felicidade e liberdade com pouco gasto, fora do apelo consumista!

Os brinquedos de loja, bem...estes a gente deixa ao encargo (ainda!) do Papai Noel! Ho, ho, ho...

Vale ressaltar que meus filhos ajudaram em todo o processo de confecção, entretanto boa parte da ajuda não foi fotografada porque ou eu estava lambuzada de tinta, ou eu estava lambuzada de chantilly ou brigadeiro do recheio dos bolinhos. rss
Como os grandes não deixam mais tirar fotos, principalmente se minha intenção for postar aqui ou em qualquer rede social, fica a Taís como minha modelo enquanto ela permitir ser fotografada e enquanto ela gostar de ver as fotos postadas! ;)

Beijos!

Cláudia

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Cheias de Charme x Guerra dos Sexos!

Imagens retiradas do Google
Que relação tem estas duas novelas além do fato de que Guerra dos Sexos substituiu Cheias de Charme?
Ambas abordam o tema adoção!

Cheias de Charme deu um banho de lisura e responsabilidade neste sentido! Desde o princípio quando Rosálio relembrava de sua vida no abrigo e as visitas do seu 'papito' antes que ele se tornasse seu pai o tema sempre foi tratado de forma natural! Ela lembrava alguma coisa, ele lembrava outra, ambos se emocionavam com o dia em que o pai se encantou pela filha!
Em momento algum de toda a trama houve sequer um comentário que adjetivasse Rosálio como filha adotiva ou o 'papito' como pai adotivo.
Foi perfeito! É assim que deve ser! É assim que se deve tratar o assunto porque filho é filho e pais são pais, não importa a forma como a filiação se efetive!
É esta naturalidade que precisamos para que a adoção deixe de ser um mito ou que pare de ser vista com preconceito, ou ainda que seja vista com algo sublime! Adoção é uma forma de filiação, assim como inseminação, fertilização e em nenhuma delas cabe adjetivação nem a filhos, nem a pais.
Só posso dizer que Cheias de Charme foi nota 1000 neste sentido do início ao fim e ainda fechou com chave de ouro com outra adoção tardia e interracial efetivada por casal homoafetivo!
É isso mesmo que queremos ver: o respeito à diversidade, o respeito ao direito de ser feliz, o respeito à filiação sem adjetivação!

Guerra dos Sexos começou ontem e já no primeiro capítulo o que vimos na sucessão de uma novela tão brilhante no concernente ao tema adoção? Um show de horrores! O filho que foi adjetivado o capítulo inteiro por sua condição de filiação! "Ele é meu filho, adotivo, mas meu filho', 'ele é filho dela, mas é adotado', 'você é meu filho, adotivo, mas meu filho', coisas do gênero foram citadas praticamente todo o tempo para referirem o personagem de Edson Celulari como filho da personagem de Irene Ravache!

Traçando um paralelo, Cheias de Charme é uma obra atual, assim como é atual a necessidade de se acabar com o preconceito contra o instituito da adoção e contra os pais, filhos e família adotivas, já Guerra dos Sexos é uma obra escrita originalmente há quase 30 anos, época em que era natural se adjetivar um filho que se tornou filho através da adoção. Adjetivava-se pais e filhos e isso era natural até mesmo dentro da família, haja vista a conduta da personagem que é a mãe na trama, no entanto a obra Guerra dos Sexos foi adaptada aos tempos modernos, porque se embora naquela época fosse normal existir essa adjetivação em relação aos filhos/pais/familias adotivos é certo que não existia naquela época toda a parafernalha tecnológica que existe hoje!
Ora, se foi possível adaptar o enredo para os tempos modernos em outros sentidos, porque ainda se utilizam deste excesso de adjetivações já no primeiro capítulo para dizer que fulano é filho de ciclana?
Não seria justo se modernizasse isso também e se trouxesse para os tempos atuais a nova cultura da adoção?
Modernizar o contexto da novela não mexe com a liberdade de expressão do autor uma vez que outros aspectos foram modernizados para que melhor se adaptasse aos tempos atuais!
Por conta disso hoje fiz dois manifestos à Rede Globo: um de elogio e um de crítica/sugestão!
Elogiei todo o contexto de Cheias de Charme e a forma respeitosa com que tratou o tema.
Critiquei a forma desrespeitosa e desnecessária com que foi tratado o mesmo tema na substituta Guerra dos Sexos com sugestão de que modernizem este ponto da trama, assim como modernizaram outros.

Quem desejar manifestar-se junto à rede Globo tanto para elogiar Cheias de Charme quanto para solicitar mudanças na visão do instituto da adoção em Guerra dos Sexos o site é este:

Fale com a Globo

É preciso que se critique e solicite adequações, entretanto é necessário que se elogie o que foi bom também!

Grande beijo,

Cláudia

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Alícia precisa de sanguinho! ATUALIZANDO

Amigos, além de um doador de medula que seja compatível, neste momento a Alícia está precisando de sangue.
Ela faz transfusões de tempos em tempos e vai ficando cada vez mais difícil conseguir doadores.
Pedimos então que quem mora em SÃO PAULO e se disponha, que doe sangue para:

ALÍCIA ALTISENT SANT'ANA

Ela encontra-se internada no hospital São Luis no Morumbi, mas as doações podem ser feitas em QUALQUER BANCO DE SANGUE da cidade. Basta dizer que é para ela.
Para este tipo de doação não precisa ter o tipo sanguíneo. É para reposição de estoque, então todos os tipos de sangue são aceitos!

E mais uma vez eu digo: não custa nada para quem doa, mas faz uma diferença muito grande na vida de quem recebe!



A Rita Célia veio trazer melhores informações sobre os locais que aceitam doações para a Alícia. Segue abaixo:

Claudia, os hospitais que podem aceitar as doações em nome de Alicia são ...


1) Hospital A. C. Camargo (Hospital do cancer), na Rua Prof. Antonio Prudente, 211 na Vergueiro, 


2) Hospital doCcoração, na Rua Abilio Soares, 176, no Paraiso, 


3) Hospital Prof. Edmundo Vasconcelos (antiga Gastroclinica) 
Rua Borges Lagoa, 1400.
Na doação indicar o nome de Alicia Altisent Santana e dizer que esta internada Hospital Sao Luiz unidade Morumbi

Obrigada a todos,
Rita celia



Por favor atualizem!

Deus abençoe quem puder ajudar!

Beijos,

Cláudia