sexta-feira, 28 de junho de 2013

Quem disse que a grávida do coração não sofre aborto?

Eis aí uma boa pergunta!

Levando em consideração que quase ninguém se dá conta que uma pessoa que espera um filho por adoção está grávida na alma, pouca gente pensa (ou acredita) que esta gestação possa ter abortos!

Antes de continuar, vamos às definições de aborto no dicionário! Esta é do Dicionário Online de Língua Portuguesa

Significado de Aborto
s.m. Expulsão espontânea ou provocada do produto da concepção antes do momento em que ele se torna viável.
Fig. Insucesso: o aborto de uma empresa.
Trocando em miúdos, o aborto não é apenas a morte de um feto. É a interrupção de um  projeto, qualquer que seja, que não tenha chegado a termo. O aborto se dá, justamente, na necessidade que existe de se desconstruir um projeto, um plano, um sonho que por algum motivo foi interrompido. Esta desconstrução causa sofrimento, causa dor, causa a sensação de perda.
O aborto propriamente dito é a interrupção de um projeto (o da maternidade). É muito sofrido para uma mãe que sonhava com o filho, que estava fazendo planos de vida com este filho ter que desconstruir esse projeto pelo 'não' que a vida deu. Isso, logicamente, falando de abortos espontâneos, ok?
Na adoção, na gravidez do coração, não é diferente. A gente passa a construir um mundo em torno da maternidade, passa a sonhar, a planejar, a desejar ver o filho logo. Passa a pensar na casa, na segurança, no espaço, no quarto, no enxoval, nos brinquedos. Enfim, passa a construir um mundo incluindo um filho que não tem data para chegar, mas que está sendo gestado na alma tão intensamente como quem gesta no corpo o seu rebento.
Pois bem, nem sempre acontece de a grávida do coração ser chamada e de dar tudo certo. Podem acontecer inúmeros fatores que façam com que o chamado não seja a efetivação da maternidade! É nesse momento que se dá o aborto da grávida do coração! Quando a expectativa é frustrada de alguma forma por algum 'não' inesperado. A dor neste momento é imensa e intensa. O sentimento de perda é inevitável. A desconstrução e a vivência do luto são necessárias para que se comece a sonhar e reformular um novo projeto, uma nova espera. E sim, nessa nova construção nasce o medo que dê algo errado novamente, assim como acontece com a grávida biológica que perdeu e que engravida novamente!
Eu nunca engravidei fisicamente, mas sofri 3 abortos significativos que me marcaram muito. O primeiro de uma menina de 7 anos que queria muito ser minha filha e a quem eu desejei de corpo, alma e coração ser mãe. Doeu ter que me afastar dela. Dói até hoje não saber como ela está e o que aconteceu em sua vida. Dói, hoje, pensar que eu já poderia ser até avó, que poderia ter uma filha formada na faculdade. Esta menina, hoje, tem em torno de 26 anos e certamente, sem sombra de dúvidas, viveu naquele abrigo até seus 18 anos! O segundo aborto foi um trio de irmãos que eu precisei abrir mão. Eram 3 crianças, eu já tinha duas, as condições eram difíceis por aqui e eu não tinha como cuidar adequadamente de 5 crianças, sendo duas bem doentes e usando fraldas. Eles foram adotados, soube que estão muito bem, porém doeu e ainda dói. Ainda penso em como seria hoje se os 3 estivessem aqui. Quando eu tive que decidir pelo 'não' deixei com eles um pedaço da minha alma e confesso que demorou para eu vivenciar esse luto e poder replanejar a espera novamente. O terceiro foi uma garotinha linda, deficiente visual, parecidíssima com a Taís que eu amei de paixão só pela foto. Quando fui consultada para ela todo meu ser dizia SIM, mas as possibilidades financeiras (sempre elas!) disseram não! Ela vivia em outro estado, muito longe, nós teríamos que passar dias lá e eu tinha um bebê com refluxo que demandava cuidados e gastos.
Estes três foram abortos! Eu senti na alma, eu chorei, eu senti uma perda irreparável, uma dor incomparável e eu penso neles até hoje. Como qualquer grávida biológica que lembra do seu bebê e pensa como seria a vida se ele tivesse nascido eu penso nos meus 3 abortos da alma e é inevitável não pensar em como seria se eles estivessem aqui. Dos 3, apenas a primeira eu nunca mais soube notícias. Saber que os outros estão bem é um alento, mas não elimina a marca que ficou na minha alma.
Quando o Tales nasceu eu soube no mesmo dia. A notícia era que ele tinha nascido, mas que tinha dado trabalho no parto por ter sido um parto normal com 3 circulares de cordão no pescoço. Eu trabalhei em hospital e sabia o que isso podia significar. Pensar que ele podia ter morrido enforcado me fez chorar um dia inteiro, pensar que ele poderia ter alguma sequela como paralisia cerebral por falta de oxigenação me dava calafrios. Eu só pensava em ver as notas do Apgar quando chegasse lá e quando eu contei para algumas pessoas que meu filho havia nascido e o que havia acontecido - naturalmente pela minha natureza eu contava chorando - algumas destas pessoas falaram: 'mas nem foi você quem gestou! Se ele tivesse morrido ou se tiver problema você pode esperar outro, afinal ele nem é seu ainda'.
Ouvir esse tipo de coisa era como uma lança no meu coração! Como assim eu poderia esperar outro? Como assim ele não era meu ainda? Ele era meu desde antes de eu saber dele. Era meu apenas pelo telefonema falando que ele existia porque eu o esperava fazia anos. Era dele que eu estava grávida do coração e da alma. Se ele tivesse morrido no parto eu teria sofrido como se eu o tivesse gestado no meu corpo! Se ele tivesse ficado com sequela eu não teria esperado outro perfeito porque ele era meu. Ele era perfeito para mim, fosse como fosse.
É disso que estou falando! Da falta de sensibilidade das pessoas pelo desconhecimento do que seja uma gravidez do coração! Da falta de humanidade, até, porque não se fala um troço desses que falaram para mim para mãe nenhuma!
Fica aqui o alerta: a grávida do coração sofre abortos quando algo dá errado. Ela sofre. Dói muito ter que desconstruir a espera para reconstruir novamente e eu creio que não difere em nada da perda fisiológica de um filho!
Por favor, sejam humanos com as mães do coração! Se não compreenderem a situação e a dor delas, ao menos não falem coisas que as façam sofrer mais, afinal dói muito perder um filho, seja pela forma que for, ainda que quem não vive este mundo adotivo não compreenda que 'aquela criança estranha' é um filho em potencial, esperado, desejado, planejado e amado como um biológico!
Na ausência do que dizer nestas situações, apenas abrace!  Apenas abrace!

Beijos,
Cláudia

sábado, 22 de junho de 2013

Blogagem Coletiva #protestomaterno


Eu nasci no início da ditadura militar no Brasil. Cresci ouvindo que não se podia falar do governo na rua, principalmente se fosse para fazer críticas.
Lembro-me vagamente de que na escola em que eu estudava sempre tinha a presença de policiais militares. Eles andavam pelas dependências da escola e algumas vezes ficavam no fundo da sala de aula. Embora não fossem simpáticos e amigáveis como os nossos valorosos policiais militares que atuam no projeto PROERD, eu até que os admirava.
Naquele tempo, na infância, eu não tinha muita noção do que aquilo significava.
Cresci com a nata da música popular brasileira tocando nas rádios! Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento entre outros. Sei até hoje a letra inteira da música "Para não dizer que não falei das flores" do Geraldo Vandré. Na adolescência os rocks de Legião Urbana eram o must e eu cantei Geração Coca-Cola e Será tanto, mas tanto, que sei as letras até hoje, também!
Eu acompanhei o povo indo para as ruas exigir Diretas Já.
Acompanhei a felicidade que foi a primeira eleição direta para presidente e vi jovens de cara pintada exigindo o impeachment do primeiro presidente eleito pelo povo!
Sou de uma geração que viu muita coisa, mas que foi criada para temer. 
Confesso que não fui politizada na infância e na adolescência. Só fui tomar conhecimento que as músicas que eu ouvia e que adorava eram protestos contra a ditadura no cursinho e na faculdade nas aulas de História do Brasil.
Foi nessa época que fiquei sabendo que "Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos" que o Roberto Carlos compôs não era uma música romântica, mas sim uma forma de homenagear Caetano Veloso que estava exilado em Londres.
Cresci ouvindo falar nos exilados, nos desaparecidos. Fiquei fã do Marcelo Rubens Paiva, li seus livros só por saber que ele foi uma vítima da ditadura, que foi uma criança criada sem pai graças ao período negro da história do nosso país.
Sou a geração da ditadura. A geração que não teve uma formação política de base desde a infância, porém eu gostava de política. A política me atraía. Aos 20 anos eu era PT. Fui PT de usar botons e distribuir panfletos. Fui  PT de votar no Lula em todas as eleições. Sempre acreditei que uma política socialista poderia melhorar o país e mesmo hoje eu ainda acredito nisso, porém não acredito mais nas pessoas que dizem ter ideias socialistas.
Já faz muitos anos que eu vejo tanta coisa errada neste país, no meu estado e na minha cidade e eu nunca me conformei com o conformismo do brasileiro.
Como mãe eu queria, eu desejava ardentemente que o povo se manifestasse, que saísse às ruas, que exigisse dos governantes novas posturas, novas atitudes. Eu sempre tive comigo que o povo tem poder, mas que o povo do Brasil não sabe disso ainda. Ou não sabia, né?
Eu sonhava com o povo nas ruas porque eu acreditava que só assim os meus filhos, os meus sobrinhos, os filhos dos meus amigos, todas as crianças e adolescentes desta nova geração poderiam ter um futuro melhor.
Hoje vejo orgulhosa todo esse movimento. Jovens com a cara pintada, com camisetas brancas, com cartazes invadindo as ruas e exigindo um país melhor, exigindo o fim da corrupção, exigindo educação e saúde de qualidade! Jovens estes que são apoiados pelos jovens de 1968, a geração que foi às ruas e não teve medo da repressão!
imagem retirada do Facebook
Hoje estou feliz, emocionada porque pude constatar que embora não seja tão politizada como gostaria, que eu estava certa quanto ao poder do povo.
Estou feliz porque nosso povo acordou e as minhas esperanças de um futuro melhor se renovaram!
Ver os jovens que todo mundo diz que são alienados e que só pensam em Facebook sairem às ruas, ver seus olhos brilhando nos manifestos é gratificante, porém uma outra coisa me deixou ainda mais feliz: foi ver crianças iniciando um processo de politização. 

imagem retirada do google
Ler que uma criança de 5 anos assiste aos vândalos fazendo quebra-quebra com a cabeça coberta e diz: 'Mas eles são bandidos. Nossa agora até bandido quer governar!' me faz ter esperança não que essa geração que está nas ruas fará um país melhor. Estes estão mudando o presente, mudando o rumo da história do nosso país, mas quem vai  mesmo fazer um futuro melhor são estas crianças que começam a se politizar tão pequenas!
Agora eu não tenho esperança de um futuro melhor para os meus filhos. Tenho esperança que eles sejam o futuro melhor que a gente sonha um dia, pois estas crianças estão crescendo podendo pensar, podendo acompanhar e podendo participar da história ativamente. 
Hoje eu agradeço essa meninada linda que está reformando o país, que acordou para lutar por um país melhor para eles mesmos e para as futuras gerações! É com eles que estas crianças de 5, 6 7 anos estão aprendendo o que é ser brasileiro, o que é ser o futuro!
Que esta juventude continue com toda a garra para prosseguir com a reforma do nosso país!


Cláudia

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Karin Betinha - Oitava convidada

Hoje é dia de mais uma convidada: a querida amiga Karin.

Ela relata as diversas formas de sentir-se mãe!

Vamos lá...

Diversas formas de sentir-se mãe


Eu sou a Karin Betinha (a filha caçula), tenho vários filhos também do coração que são meus 8 sobrinhos e meus 3 sobrinhos-netos.
Tenho 4 filhas adotadas, porém não que não são humanas, duas cachorras e duas gatas. Aqui em casa somos eu, meu marido e as 4 "filhotas".
Sou a mãe delas, que também sofre por elas (amanhã uma das minhas filhotas caninas vai operar pela segunda e vez e faremos a biópsia...) e
a caminho de ser mãe de uma menininha de 1 a 2 anos a qual chamaremos de Lina Sofia (e mais o nome que vier...rs). Sou formada e mestre em Letras e por isso
trabalho lecionando língua inglesa para a Educação Infantil e Língua Portuguesa para o Ensino Médio (esses também são um pouco meus filhos, afinal a gente
os vê crescer e também participa um pouco da vida deles - os do EM conheço e leciono desde da quinta série...).  Também sou Assistente Social e Psicopedagoga
o que me ajuda em todos esses meu papéis de mãe, principalmente na escola pública e na ONG onde sou voluntária.
Afinal, para mim, ser mãe não é apenas gerar um filho ou adotar, é ter no coração sempre um lugar para mais um e querer adotar esse um seja humano ou não(como filho) ou apenas com um vínculo afetivo. E não precisa ser humano, basta querer cuidar, se preocupar, se doar, ser altruísta e saber dizer adeus quando necessário.
É isso aí!



Karin e uma de suas filhas de rabo - Catarina




Beijos,

Cláudia

sábado, 15 de junho de 2013

E o marido respondeu!

Imagem retirada do Google

Preta,

De sonho em sonho
Caminhamos

De caminho a caminho
Sonhamos

Neste sonho e neste caminho nunca estivemos tão acordados como agora!

Obrigado,

André

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Hoje é nosso dia - 23 anos juntos!

Sabe, já ouvi muito em relacionamentos onde a família da moça era contra a frase: ‘mas eu não vou casar com a família dele!’.
Como hoje estou comemorando 23 anos de namoro quero falar um pouco de mim, do meu marido e de família!
Eu sempre sonhei ter uma família enorme. Como minha família é relativamente pequena: eu, dois irmãos e meus pais, eu sonhava com uma casa cheia de filhos, depois mais cheia ainda de netos. Sonhava com uma mesa cheia de crianças na minha casa! Não precisariam ser todos filhos, não! Podiam ser sobrinhos, também, porém eu era a filha mais velha e esse sonho era praticamente um...bem, um...hum...um sonho de longo prazo uma vez que minha  diferença de idade em relação a eles  também é grande! Ahaha
E foi então que Deus colocou em minha vida o André. Ele não precisava sonhar com família grande, afinal de contas ele tinha nada menos que 8 irmãos e a mãe!
Quando nos conhecemos todos os irmãos mais velhos tinham filhos.  Muitas e lindas crianças!
A partir de então entrei neste universo de família grande. No início eu só queria saber das crianças. Pois é, devo confessar às cunhadas que ia visitá-las por causa dos seus filhos e que aos poucos, por conta das crianças, fui me afeiçoando a todos os adultos. Pois é, quem nunca? rss
Neste universo de crianças, no início havia apenas um bebê, mas os outros eram todos bem pequenininhos, também, o que fazia meus domingos...quase todos...muito felizes! Era um bebezinho moreninho e rechonchudo que eu adorava ficar segurando e seus irmãozinhos que corriam pela casa, eram dois garotinhos loirinhos de 5 e 6 anos que vinham correndo ao encontro sorrindo e que davam os abraços mais gostosos e mais doces do mundo, uma menininha de 3 anos e cílios de Minie com sua irmã tão pequena, porém tão madura, cuidadora e protetora que me fazia lembrar de mim mesma quando criança. E depois foram vindo mais e mais crianças! A cada ano duas ou três. Fui acompanhando gravidezes, chás de bebês, nascimentos, primeiros dias, primeiros dentes, primeiros passos. Até um primeiro banho! Sim: o primeiro banho que dei em um bebê foi numa destas sobrinhas!
E eu fui passando esses anos já não mais querendo saber apenas das crianças. Cunhadas, concunhadas, cunhados: todos foram se tornando parte de uma família que eu estava adotando como minha. Pessoas que eu aprendi a amar ‘apenas’ por ser a família do meu namorado, depois noivo, hoje marido.
Como já se passaram 23 anos desde o início do namoro, todas estas primeiras crianças já são adultas e tenho o privilégio de dizer que já sou algumas vezes tia-avó! ahaha
Ah, sim, não me esqueci da sogra! A minha, mais que sogra era mãezonha. Ela sempre foi uma pessoa admirável pelo esforço, pela garra, pela dedicação à família e pelo respeito que sempre teve por noras e genros. Eu aprendi primeiro a admirá-la. Ela foi a primeira pessoa adulta, com família formada, com filhos e netos que eu vi ‘correr atrás do prejuízo’ e do sonho de terminar os estudos! Quando comecei a namorar o André ela estava entrando no supletivo do ensino fundamental (antigo primeiro grau) e eu acompanhei sua trajetória até o término do ensino médio e a vi acalentando o sonho de fazer a Faculdade de Moda na USP! Durante esse período ela fez curso de modelista (ela criava modelos de roupas femininas e os desenhava) e mais outros tantos que eu nem sei dizer. Essa vontade sempre latente, essa energia para sempre buscar coisas novas me fazia admirá-la como admirei poucas pessoas nesta vida! E com o tempo a admiração virou amor. Amor pela pessoa, pelo jeito alegre de ser, pelos abraços sempre tão carinhosos e cheios de energia, pelo sorriso, pela voz doce e as palavras sempre tão carinhosas!
Hoje, 23 anos depois, posso dizer que casei, sim, com a família do meu marido! Casei porque amo a todos, respeito a todos e quero bem a todos! Porque os sobrinhos que são filhos dos irmãos e irmãs dele não são sobrinhos dele, apenas. São meus sobrinhos também!
Acho que conquistei o título de membro da família, também, e só posso agradecer a Deus por ter me colocado ali, como parte desta família.
Existem problemas? Naturalmente que sim. Não estou falando de uma família de comercial de margarina, porém é a família que, creio, todas deveriam ser: uma família unida. Não grudada, mas unida. Embora haja distância, há união, há amor! União e amor que pude presenciar  nos momentos mais difíceis, mais dolorosos! Isso é bonito de se ver e é isso que me faz sentir orgulho por ter entrado nesta família através do namoro que começou no dia 14 de junho de 1990 no passeio do grupo de Mocidade ao Parque do Ibirapuera, feriado de Corpus Christi, numa quinta feira ensolarada!


André, amor, bem, marido: eu agradeço por você fazer parte da maior parte minha vida e por ter me dado de presente a sua família inteirinha!
Agradeço pela família que me proporcionou, por ter embarcado no meu sonho e no meu desejo de maternidade e ter-se tornado o paizão que você é!
Agradeço por me aguentar, por me aturar (porque sei que sou chata, brava), por relevar meu temperamento.
Agradeço, enfim, por você estar sempre comigo!

Ela, que me deu você e toda a sua família e que faz parte disso tudo. Fará eternamente:



Nossa história: os momentos mais importantes nesses 23 anos!


Amor eterno,

Preta!

terça-feira, 11 de junho de 2013

GRAVIDEZ BIOLÓGICA X GRAVIDEZ DO CORAÇÃO

Nesta vida vivemos estreando coisas novas. Coisas boas e coisas ruins. Eu acabo de estrear no plágio!
É! Alguém inescrupuloso, sem caráter, sem ética veio aqui, pegou um texto meu, copiou só o que lhe interessava, modificou o título e postou em seu Facebook - sim, tenho certeza que foi no Facebook porque foi lá que eu recebi o texto que está em muitos perfis de pessoas que apenas copiaram e publicaram por terem achado bonito, verdadeiro e essas coisas.
Muitas pessoas com quem entrei em contato para pedir que incluíssem o crédito me disseram que buscaram a autoria e que não encontraram.
Pois bem, tenho a dizer que quero crer que estas pessoas não souberam procurar. Como eu sou osso quando quero, resolvi testar para ver se não aparecia mesmo, 'joguei' a informação no Google e o bonitinho me deu, assim, generosamente os três primeiros links: o primeiro direcionando para cá, para o meu blog que foi onde o texto foi postado originalmente, o segundo direcionando para o blog da minha amiga Cíntia Liana Psicologia e Adoção e o terceiro direcionando para o blog Adoção....um sonho possível que não sei quem é a autora, pois não tem nome. Sim, elas postaram o texto na íntegra e com crédito, por isso quando joguei a informação na busca o Google deu-me os links.

Por conta disso resolvi ensinar como se faz uma busca de autor de uma música, um texto ou simplesmente de uma frase:
1. Você abre a página do Google e em seguida digita a frase, trecho de música ou a primeira linha de um texto.
E, záz, como mágica aparecem links de onde consta aquilo que você está procurando se este texto, frase ou trecho de música estiverem publicados em algum lugar.
A busca aparece assim ó:

Vou colocar uma única imagem, mas se desejar pode fazer o teste com as dicas que vou dar.
Nesta imagem utilizei a primeira frase do primeiro parágrafo conforme pode ser visto na linha de busca do Google, porém eu testei, também, com a primeira frase do segundo parágrafo e testei só com o título em letras maiúsculas conforme o que vem sendo publicado (GRAVIDEZ BIOLÓGICA X GRAVIDEZ DO CORAÇÃO), que foi o título que deram ao meu texto fragmentado. TODAS estas buscas mostram como primeira opção o meu blog com link para o texto original.
Se quiser, faça o teste!
Não tem como dizer que não se sabe quem é o autor de uma obra fazendo isso porque se foi publicado aparece!
Daí concluo, mesmo, e sem medo de ser injusta que ou as pessoas não souberam procurar, ou mentiram! Contra fatos não há argumentos.

Plágio é crime e agora eu não falo só pelo meu texto ou por meu blog, não. Falo por todos os blogs, por todas as publicações cujos autores são conhecidos! Eu vivo dando créditos no Facebook no texto Filhos de José Saramago porque o povo insiste em publicar sem colocar o nome do autor! O mesmo com frases da escritora Lídia Weber, com trechos de poesia de Vinícius de Morais e tantos outros autores conhecidos e desconhecidos como eu! As pessoas têm o mau hábito de postar coisas escritas por outras pessoas sem aspas e sem créditos. Além de ser crime (numa lei que está aí para inglês ver, diga-se de passagem) é feio, muito feio.
Sempre que eu cismo, se não conheço o que leio, busco no Google e descubro autoria. É uma questão ética.

O que mais me machucou nisso tudo foi que eu não publico nada sem autoria. Uma única vez caí na besteira de receber um texto sobre autismo que me chegou como de autor desconhecido e eu não tive o cuidado de fazer a busca, recebi um comentário falando a respeito, busquei, encontrei o autor e editei a postagem dando o devido crédito. Editei a postagem. Se quiser conferir, o link é este AQUI
Eu pego imagens no Facebook e no Google e coloco de onde tirei a imagem. Se o dono da imagem vier e falar 'ô dona, essa imagem é minha, está em tal lugar" eu vou lá, pego o link de onde a imagem está e edito. Não tenho problema nenhum em dar o merecido crédito!

Doeu muito ver um 'filho meu' esquartejado e jogado por aí, esparramando feito vírus. Ontem passei um dia muito triste, perdi a credibilidade e a fé no ser humano, mas depois que passou vi que não estou imune, afinal, quem sou eu, né? Se escritores como Lidia Weber, como José Saramago, e tantos outros são plagiados ou têm partes de suas obras divulgadas sem nenhum crédito não serei eu que ficarei imune,. porém deixo o alerta aqui para aquelas pessoas que não têm má-fé, que postam sem se lembrar: não esqueçam sempre de buscar a origem do que você quer publicar. Não custa absolutamente nada a pessoas de boa-fé darem os créditos de autoria aos devidos autores.

Este blog é aberto para compartilhamentos, eu não me importo que as pessoas peguem apenas trechos dos textos e publiquem, mas por favor DÊEM OS CRÉDITOS.

Eu não recebo para escrever. Escrevo de intuição, com o coração as minhas vivências nesse terreno da adoção e eu sei, sem modéstia alguma, que as coisas que eu escrevo ajudam muita gente, que muitas pessoas que estão sofrendo determinada coisa que passei se identificam e renovam suas esperanças de que as coisas podem melhorar, que vão melhorar.
Portanto, compartilhem, fragmentem, mas não deixem de colocar minha autoria e nem de linkar o endereço original do texto para que quem quiser, possa ter a mesma oportunidade de ler o texto completo!

Eu não vou copiar o texto conforme a pessoa fez para não ficar ainda mais extenso e também porque o texto já está no blog. É este: AQUI
A pessoa simplesmente pegou a analogia que fiz entre as duas formas de gravidez junto com as dicas que dou que vão até o número 5 e deu o título que intitula esta postagem.

Quero salientar que minha fé no ser humano já voltou. Sou uma otimista em relação a isso e peço desculpas aos leitores do blog por este post, mas eu não poderia deixar passar em branco esta situação.
Embora tenha sido muito desagradável e eu tenha ficado muito triste, tenha chorado como nunca chorei nesta vida, creio que tudo de ruim que acontece tem um motivo de ser e que cada coisa ruim traz consigo algo de muito bom. Agora é aguardar para ver o que de bom esta experiência vai me trazer.

Beijos,

Cláudia


domingo, 9 de junho de 2013

Renata Rosa Caulo - Sétima convidada

E dando continuidade aos textos das amigas convidadas, hoje trago o texto da amiga Renata Rosa Caulo que escreve no blog Cartas para minha filha. Lá você encontrará textos bem escritos, muita emoção e muito talento! Vale à pena conferir!

Vamos conhecer a história da Renata?

O despertar da maternidade


Eu nunca quis ser mãe até o dia em que conheci uma menina linda que estava no abrigo e me apaixonei tão forte e profundamente que percebi que na verdade o que eu não queria era engravidar,  mas que eu queria sim  ser mãe daquela  criança.
 Eu nunca antes tinha sentido um amor tão arrebatador em toda minha vida, mas para minha infelicidade apesar de abrigada ela não estava livre para adoção, foi duro, eu sofri meu primeiro aborto,  fiz tudo que estava a meu alcance naquele momento para ficar com ela, mas fui vencida pelo sistema.
No entanto já era tarde pra voltar atrás, era tarde para voltar a sonhar com uma vida a dois para sempre, já estava fecundado em mim  a sementinha da adoção e a partir daí meus sonhos passaram a ser povoados por uma menininha.
O engraçado é que antes nos vangloriávamos de não ter filhos, podíamos sair e voltar a qualquer hora, podíamos dormir no domingo à tarde, eu não precisava gastar meu dinheiro com uniforme e material escolar, que maravilha era minha vida, como eu era feliz e agradecida por isso , só que hoje a história é outra e eu adoraria passar as tardes de domingo acordada, sair para as festinhas infantis e gastar todo meu dinheiro com minha filha.

É curioso como o simples fato de estar esperando muda toda nossa vida, hoje não faço nada, não tomo nenhuma decisão a médio prazo sem pensar nela, por exemplo, se vou comprar um pacote pra viajar nas férias a primeira pergunta é posso levar crianças, será que ela vai gostar e minutos depois eu penso, será que devo mesmo tirar minhas férias ou devo guarda-la para quando minha filha chegar e por falar nisso, taí uma das maiores dificuldades  que tenho enfrentado na espera a falta de previsão para o “nascimento”.Quando uma mulher fica grávida ela sabe que em nove meses no máximo o filho dela vai chegar, mas a minha espera quanto tempo mais ainda vai durar?






Renata é funcionária pública, esposa, dona de casa, artesã,  blogueira e futura mãe de uma menininha.










Beijos,

Cláudia

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Quando o coração elege!

Hoje eu gostaria de falar sobre adoção de uma forma um pouco diferente!
É meios senso comum entre o mundo adotivo sempre se reforçar que família não é sangue que determina, que mãe é quem cria, que mãe é quem cuida, que mãe é quem está junto.
Há, também, entre amigos a frase tão conhecida 'amigos são a família que o coração escolheu'.

Tudo verdade! ahaha

Nem sempre os membros de uma família biológica se amam, se respeitam ou se consideram! Isso é fato.
E descobri uma coisa agora: nem todo filho é a gente quem cria! Alguns filhos já vêm prontos, criados e só compete ao coração cuidar e amar!

Onde eu quero chegar com essa lenga, lenga? Vamos lá...

É sabido que tenho 3 filhos que vivem comigo e que espero mais uma. Nenhum segredo nisso!
A novidade é que no último mês eu ganhei uma filha nova, mas não se alvorocem porque não é a Letícia e tão pouco ela mora comigo! Ela tem a mãe dela, a família dela, mas é uma filha que o coração elegeu!
Esta menina chegou assim, num de repente e já veio arrebatando meu coração! Foi imediato, foi instantâneo e o que senti por ela não foi uma coisa de amiga, mas sim de mãe!
É, pois é. Com esse sentimento surgiu a vontade de abraçar, de estar perto, de olhar nos olhos e não ter tantos quilômetros nos separando.
Isso talvez porque ela nem tenha idade para ser minha amiga e sim minha filha, porque apesar de ainda ser tão menina já viveu coisas difíceis de 'gente grande'.
Só sei que não sei explicar esse novo sentimento. Sentimento de mãe que nasceu instantaneamente, nos primeiros 3 minutos de conversa, tão pronto e tão perfeito como o cozimento do Miojo! ehehe
E é por isso que não acredito em coincidências, em acasos, em nada disso! Acredito em reencontros e tenho certeza que a internet nos propicia reencontros de almas. Apesar da distância somos capazes de sentir e de reconhecer esses reencontros!

E estou escrevendo tudo isso, primeiro porque é algo novo que estou vivendo e está sendo muito bom!
Segundo porque hoje é aniversário dela, da minha querida mais nova filha Sheronh Keily!


Ela completa 21 aninhos, tem uma cabeça incrível e um coração do tamanho do mundo!
É companheira, é amiga, é tudo de bom!
Foi, realmente, um presente de Deus em minha vida!

Minha Flor, Flor do dia, parabéns!
Que Deus abençoe ricamente sua vida, que você realize os sonhos que estão nascendo agora!
Que nunca te falte a confiança no futuro, a vontade de seguir em frente apesar dos obstáculos!
E que tenha a certeza que estarei sempre aqui!
Te desejo toda a felicidade do mundo!

Beijos da sua mais nova mãe!

Cláudia

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Recomeçando...

(imagem retirada do google)
Bom dia, gentchy!

A palavra de hoje é recomeço!
Sim, o mês de maio terminou e eu fiquei em dívida com muitas amigas!
Infelizmente aconteceram muitas coisas por aqui que me impossibilitaram de seguir com as postagens sobre maternidade e adoção em homenagem ao Dia das Mães e ao Dia Nacional da Adoção, entretanto não é justo com as amigas que me mandaram seus depoimentos que eu não os poste aqui, já que foram escritos com carinho e estão todos muito lindos!
Fiquei pensando em como resolver esta questão e decidi que vou postar os textos, um a cada semana, todas as segundas-feiras.
Desta forma seguirei a sequência de amigas CONVIDADAS e vocês terão oportunidade de se emocionarem com os lindos depoimentos!

Peço desculpas, mais uma vez, por não ter conseguido seguir o propósito como havia sido planejado convido todos a virem prestigiar as histórias a partir da próxima segunda-feira!

Lembrando que dia 14 próximo teremos uma homenagem aqui por conta de uma comemoração muito especial!

Grande beijo,

Cláudia