sexta-feira, 18 de março de 2016

Quer se surpreender? Desative sua conta do Facebook!

Mensagem quando você é bloqueado
Então...sábado tivemos uma pendenga envolvendo vários assuntos por aqui, inclusive o uso do Facebook. Por conta disso desativei minha conta porque precisava de tempo para pensar. Precisava de tempo para colocar as ideias e os sentimentos em ordem porque fiquei triste, magoada e com muita raiva de tudo o que aconteceu. 'Ah, mas não precisava desativar! Era só não acessar.". É? Sério? Eu precisei desativar! Isso para mim já basta.
Decidi desativar a conta porque, na verdade, meu desejo de momento era excluir o perfil mas como não gosto de tomar nenhuma atitude no calor da emoção, optei por desativar a conta.
Avisei algumas pessoas e pedi para que caso algum amigo em comum perguntasse, que dissesse que eu havia desativado a conta.
Deixei contato de Watsapp e autorizei que passassem para quem quisesse, também!
Tão logo desativei a conta descobri que o Messenger continuava ativo e que era possível conversar com as pessoas mesmo estando com a conta do Facebook desativada. Oba! As pessoas poderiam vir elas mesmas se quisessem saber o que aconteceu, por que sumi!
Até aí, beleza!
Uma amiga chegou a me dizer que quando eu reativasse a conta poderia ser surpreendida com comentários em grupos e tal. Beleza, também. Faz parte, afinal o que mais existe em redes sociais são juízes da vida alheia, né? Então!

Isso posto, posso dizer que hoje classifico as pessoas que usam redes sociais em duas categorias:
1. Aquelas que pensam além de si e que quando dão falta de alguém vão e perguntam se está tudo bem. Jamais levam um sumiço para o campo pessoal, principalmente se não houver motivos para isso. O pensamento é: fulana deve estar com algum problema.

2. Aquelas que têm o umbigo como centro do mundo e, ao darem falta de uma pessoa, mandam mensagem perguntando porque foram bloqueadas e te bloqueiam (ou excluem, sei lá, porque não consegui ver onde bloqueia alguém que esteja com a conta desativada) elas mesmas sem esperar sequer a resposta.

Ah, e deve ter a categoria que bloqueia/exclui sem nem mandar mensagem, mas essa eu ainda não descobri. rss

Se você é da categoria 1 de pessoas, parabéns! Você é uma pessoa madura e bem resolvida que pensa além do seu umbigo.
Se você é da categoria 2 comece a se perguntar porque é tão vulnerável e tão melindrosa a ponto de sequer esperar resposta da pergunta que fez! Pergunte-se o que leva você a pensar que alguém possa ter te bloqueado ou excluído sem motivo algum quando você poderia pensar que o problema não está em você, mas na vida da pessoa!

Vou explicar uma coisa sobre a diferença entre bloquear e desativar a conta.

Quando você bloqueia uma pessoa ela deixa de existir para você e você para ela. Você não vê mais nada dela. Nadinha. Se alguém marcar a pessoa bloqueada o nome desta pessoa aparece em letras pretas, ou seja, não abre link para você acessar o perfil dela.
Logo, se você é bloqueado por alguém você simplesmente não tem acesso a ela.
Quando você bloqueia ou é bloqueado a pessoa em questão não aparece mais na sua lista de amigos. Repito: vocês deixam de existir um para o outro. Não aparecem em pesquisas, não existe possibilidade de acesso sem desbloqueio.

Quando alguém desativa a conta, se você se der ao trabalho de ir na sua lista de amigos vai encontrar, lá, a pessoa como amiga, porém não haverá foto no perfil dela. Quando você tenta abrir o perfil aparece esta mensagem:


Simples, né? Muito mais fácil do que fazer julgamentos precipitados e tomar atitudes infantis!
Quando uma pessoa some é porque algo pode ter acontecido que ela não queira falar. Talvez precise de tempo. Nem tudo que acontece na vida real é compartilhável na vida virtual. E nem sempre é possível fazer aviso para todos na TL. No meu caso só aumentaria a pendenga. Ademais, quem precisa de tempo não vai ficar fazendo alarde, né? Pois é!

Eu poderia pedir para alguma amiga em comum entrar em contato e falar que eu estava com o perfil desativado? Até poderia, mas não vou. Se ela procurou, perguntou e nem aguardou a resposta, não faz diferença saber. Ela já julgou e já deve estar chorando em posição fetal pelo julgamento que fez da minha pessoa. Se tivesse esperado resposta saberia o motivo do meu face estar desativado!
Se ela souber o que aconteceu e solicitar amizade, posso ate´aceitar, afinal não tenho nada contra. Muito pelo contrário. Só não verei mais com os mesmos olhos de antes.

Gente, isso tudo só tem um objetivo: NÃO JULGUEM, NÃO JULGUEM, NÃO JULGUEM!
Se você conseguiu ter contato é porque não foi bloqueado! Se escreveu, aguarde a resposta.
Se aparece que a pessoa desativou o perfil ela desativou, não excluiu nem bloqueou ninguém!
As relações virtuais são muito parecidas com as relações reais. Quantas vezes alguém muda o comportamento com a gente sem que sequer saibamos o por quê?
Na vida real, como na virtual, falta habilidade a algumas pessoas para conversar. Na vida real mudam o comportamento, viram a cara, mudam a forma de tratar. Na vida virtual exclui-se. Apenas!
Quando se preza uma amizade não é assim que se age. Não mesmo. Não falo de 'amiga de facebook', aquela que faz número. Falo de amiga de longa data, amiga considerada que não levou isso em conta e só pensou no seu umbigo.

Fica a dica. Pensem antes de julgar. E se procurarem saber o que aconteceu, esperem para saber o que aconteceu. Simples assim.
Muitas vezes não é nada do que as minhocas estão alimentando na sua cabeça!

Não estou triste. Não estou chateada. Cada um dá o que tem, certo? Só fiz a publicação para que todos, inclusive eu, possamos refletir sobre essa questão de melindres.

Cláudia



quinta-feira, 3 de março de 2016

Estamos no caminho certo

Foto: ciclopista - Lago do Taboão
Crédito: Cláudia Gimenes

Quando encerramos 2015 tínhamos uma lista de observações (sinais e sintomas) que, para mim, chegavam a ser desanimadores.
Havia sido um dos piores anos, se não o pior, tanto na escola como em casa. Tudo girava em torno do 'não consigo', 'não sei', dos esquecimentos, das tarefas mal (ou não!) executadas e de choro. Muito choro.
Tínhamos tomado decisões drásticas que me deram muita insegurança e medo. Medo do desconhecido, medo do que ia acontecer, medo por não dar certo e as coisas piorarem.
Ainda em dezembro conseguimos consulta com a psicóloga, que é neuropsicóloga e psicopedagoga. Uma grande bênção dos céus que vai nos poupar outras peregrinações com vários especialistas. E, consequentemente, várias visões diferentes de um mesmo contexto.
Ela iniciou com a psicóloga, que solicitou um exame chamado PAC e avalia o desenvolvimento do processamento auditivo central.
Em janeiro conseguimos vaga com a fono que, com toda a lista de informações que passei, trabalhava com a possibilidade de este exame dar alterado.
Com estas duas consultas eu tive a certeza maior ainda de que estava no caminho certo. Que não briguei e tomei decisões extremas à toa. Gente, intuição de mãe não falha. Acreditem, ainda que só vocês vejam algo errado nos seus filhos!
Em fevereiro fizemos o exame, que não é um exame simples. Aqui foi feito em 2 etapas, em dias diferentes porque segundo a médica que realizou falou que é difícil e cansativo.
E em 10 habilidades testadas deu alteração em apenas uma: atenção e concentração!
Agora tanto a psicóloga (com sua multidisciplinaridade) como a fono vão trabalhar neste ponto com ela.
Ambas disseram que o tratamento é de um ano. Beleza!

Sobre a nova escola:

As aulas iniciaram em fevereiro.
Poucas crianças em sala, uma professora maravilhosa.
Ela amou a escola, os professores, os amigos, os funcionários todos, as merendas. Está amando ir para a escola e voltar à pé, ter os amigos morando perto e poder tê-los em casa (quase) sempre! E poder ir à casa deles, também!
Ela foi bem acolhida. Como é uma criança fácil de se relacionar, fez amizades e se adaptou bem logo nos primeiros dias.
Tem muita coisa diferente. A professora escreve a rotina do dia na lousa no início da aula todos os dias. Isso tem ajudado muito. Percebi que ela gostou muito disso porque falou bastante nos primeiros dias; as carteiras são dispostas duas a duas e as crianças sentam-se em duplas. Podem conversar sobre a lição e a professora consegue ter um bom controle com a disciplina. Eles não têm par fixo. Podem mudar de par sempre que desejam. E nessa uma hora ela tem alguém que tem mais dificuldade, outra hora tem alguém com mais facilidade do que ela (ou que esteja no mesmo nível). Isso ela amou, também. Poder ajudar e ser ajudada, ter oportunidade de escolher, democraticamente, as duplas (sim, porque elas definem quem senta com quem todos os dias), sem brigas.
Outra coisa que ela amou: ter professora de educação artística separada.
Ela ama jogar futebol e foi bem aceita entre os meninos. Tem se machucado bastante, mas faz parte. Embora nessa idade eles ainda vivam nos clubinhos da Luluzinha e do Bolinha, ela circula bem entre os dois mundos e tem amigos em ambos.

Sobre novas observações:

- A psicóloga, no retorno de férias de fim de ano e Carnaval ficou admirada com a mudança dela. Disse que parecia outra criança.
- Ela está feliz. Muito! Dia desses falou que agora é como se ela tivesse repetido de ano porque as coisas que ela não tinha entendido antes, agora ela está aprendendo. Fase de revisão de matérias. A escola não está atrasada em relação à outra.
- Melhorou a auto-estima e o reflexo é visível por conta de ela estar se sentindo capaz e isso refletiu nas atividades em casa. Está menos desorganizada e está conseguindo executar as tarefas. Não deixa tanta coisa jogada, mais.
- a professora diz não ter notado dificuldades nela, ainda.
- Os cadernos dela estão uma belezinha. Caprichados, bonitinhos. A letra está num tamanho bom para ler (isso era outra briga!)

O diagnóstico deve levar um tempo, ainda, mas ver que deu tudo certo e que ela está se desenvolvendo bem, que tudo, TUDO melhorou, que todas as decisões foram acertadas me dá um grande alívio.

Estou otimista e confiante. Tudo foi muito mais rápido e melhor do que eu poderia supor que seria. Muito antes do que eu imaginava este problema estará superado e novos desafios virão, com toda a certeza, porque a vida consiste em superar desafios.

Abraços,

Cláudia